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Enviada em: 09/08/2019

Desde o século XIX, várias lideranças políticas e religiosas dos Estados Unidos defendiam que as bebidas alcoólicas deveriam ser amplamente combatidas pelo governo. Em 1919, os EUA criaram a Lei Seca que proibia a produção, o transporte e a comercialização de bebidas alcoólicas. Atualmente, o álcool é a substância psicoativa com maior consumo e dependência no Brasil. O uso abusivo do álcool leva a problemas individuais, como prejuízos á saúde física e mental, e coletivos, como aumento da violência e da demanda sobre os serviços públicos de saúde.     Primeiramente, o álcool frequentemente é uma válvula de escape em uma sociedade do cansaço. O filósofo Byung-Chul Han, afirma que os indivíduos são cobrados o tempo todo em relação ao seu desempenho e que precisam encontrar válvulas de escapes para lidar com isso, sejam as drogas o consumismo ou nesse caso o álcool. Além disso, principalmente para os jovens o álcool é um meio de socialização, é uma maneira de criar uma maior integração. É muito comum que os indivíduos comecem a beber por pressão do grupo, e devido a influência de colegas comecem a beber mesmo que não gostem da bebida. Isso se chama viés de grupo, a tendência à copiar o comportamento de um grupo para se sentir inserido nele.    Segundamente, em consequência disso, pode ocorrer as doenças crônicas, várias delas estão ligadas ao consumo excessivo e prolongado do álcool, como por exemplo diabetes, hipertensão, câncer e a cirrose. Além disso, a longo prazo o consumo excessivo e abusivo de álcool pode servir de gatilho para algumas doenças mentais. Além de tudo, ainda pode ser citado os acidentes envolvidos no transito de pessoas que bebem e dirigem, essas notícias envolvendo o uso de álcool são frequentes. Segundo o Relatório Global sobre Álcool e Saúde (OMS, 2018), estima-se que 370 mil mortes no trânsito, no mundo, foram atribuídas ao álcool. Cerca da metade dessas vítimas (187 mil) não eram os próprios motoristas, mas sim passageiros e pedestres. Todos esses fatores somados levam ao aumento da demanda sobre a saúde pública, que no final das contas é um problema de todos nós.