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Enviada em: 15/08/2019

Conforme o filósofo coreano Byung-Chul Han, na sociedade do século XXI, os indivíduos são cobrados o tempo todo e, devido a isso, estão constantemente buscando por meios que os fazem escapar da realidade. Nessa lógica, no Brasil, muitas pessoas encontram na bebida alcoólica essa forma de fuga, o que é preocupante, pois o consumo dessa droga- embora no momento da ingestão traga uma sensação de relaxamento- pode causar, a longo prazo, várias doenças, como a cirrose. Desse modo, há um aspecto cultural que faz com que os cidadãos abusem do álcool e existe também um governo negligente e conivente em relação a esse impasse.    Decerto,o corpo social influencia as pessoas, em suas individualidades, ao consumo de álcool. Segundo a Psicologia Social, o homem tende a repetir o comportamento dos outros integrantes do seu grupo de convivência. Nesse sentido, logo quando adolescentes, a maioria dos brasileiros começa a frequentar bares e festas, onde foi construída uma cultura de que quem ingere droga lícita é descolado, pois, geralmente, tornam-se mais comunicativos. Assim, os jovens, mesmo que a princípio não gostam do álcool, se alcoolizam e quando acostumam, com a substância passam a fazer o seu uso descontrolado, podendo perdurar a vida toda.      Entretanto, o Estado pouco atua em prol da mudança desse problema. De acordo com a socióloga alemã Hannah Arendt, quando uma ação ocorre constantemente na sociedade, ela tende a ser normalizada- ainda que ela seja errada- porque as pessoas a vê muito e acostumam. Relacionado a isso, virou muito comum que os brasileiros, em grande parte, abusassem do álcool, sendo visto como algo certo e o Poder Público tornou-se conivente com a situação,o que é um absurdo, pois ele deveria influenciar os cidadãos a não consumir o álcool, pois o Ministério da saúde apontou que a ingestão disso aumenta a possibilidade de doenças físicas, mentais e eleva até o índice de violência.     Diante do exposto, a fim de que esse aspecto cultural acabe e o consumo exagerado de álcool reduza no país, o Ministério da Educação, em parceria com o da Saúde, deve abordar a temática dessa droga nas escolas e universidades. Isso pode ser feito por meio de palestras mensais sobre o tema e ministradas por professores de biologia e médicos especializados em auxílio a tratamentos de alcoólatras, especificamente, essas apresentações necessitam de ser feitas em horários extracurriculares e de cunho obrigatório.