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Enviada em: 16/08/2019

"O importante não é viver, mas viver bem." Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância, de modo que ultrapassa a própria existência. Entretanto, no Brasil, essa não é uma realidade em sua sociedade, visto que tem o consumo exagerado de álcool como uma problemática em questão. Com isso, ao invés de tentar se aproximar da realidade descrita por Platão, da evidenciada pela sociedade brasileira, as consequências para a saúde do consumo exagerado de álcool precoce, além da perigosa associação entre bebida e direção que atinge, principalmente os jovens, corroboram para a situação.   É imprescindível ressaltar que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer inúmeros riscos para a saúde, como perda de memória, agressividade e câncer de garganta. Nesse contexto, segundo dados  da Organização Mundial da Saúde, revelam que mais de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos pelos efeitos do álcool. Concomitantemente, o consumo precoce dessa substância entre os adolescentes pode aumentar o risco para a dependência de qualquer tipo de droga, além de ser um fator para o desenvolvimento de transtornos psicológicos como depressão ou ansiedade.    Outrossim, consoante ao sociólogo Pierre Bourdieu, o que faz com que o indivíduo se oriente na sociedade são as relações econômicas, simbólicas e culturais. Nesse sentido, a consumação excessiva é uma forma de alcançar status entre amigos ou família, criando uma falsa impressão de poder, dado que ao ingerir o álcool há liberação de dopamina, hormônio ligado a sensação de prazer. Ademais, mesmo com a criação da Lei Seca, que proíbe a associação entre bebidas e direção, essa é a principal causa de morte entre os jovens. Desta forma, sem a criação de políticas que sejam eficazes, o problema continuará persistindo entre a população do país.    Portanto, é necessário que medidas sejam aplicadas na resolução do impasse mencionado, a fim de que a sociedade brasileira se assemelhe com a descrita por Platão. É dever do Governo, junto com a Receita Federal, investir recursos na criação de projetos com profissionais qualificados, que visam o tratamento e a recuperação de dependentes alcoólicos, nos centros comunitários de cada bairro, assim, toda a sociedade poderá ser beneficiada. Cabe ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação propor palestras nas escolas- instituição formadora de valores- sobre a necessidade do cuidado e prevenção ao consumir bebidas alcoólicas, além de informar os perigos que esse pode trazer para a saúde. Desta forma, tais medidas serão eficientes para combater o abuso de álcool no Brasil.