Enviada em: 12/10/2019

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), todos os anos cerca de 3,3 milhões de mortes estão relacionadas com o álcool. Embora não traga grandes problemas quando consumido de forma moderada, o abuso no consumo de bebidas com teor alcoólico afeta grande parte da população brasileira. Fatores como a utilização de etílicos para aliviar frustrações e a glamorização em torno de bebidas, colaboram para a manutenção do atual quadro.   Primeiramente, produções artísticas tem papel fundamental na popularização do consumo de álcool, como na música " Beber, cair e levantar", interpretada pela banda Aviões do Forró, onde é constante a incitação à degustação com mensagens diretas como, " Vamos se embora; prum bar; beber, cair e levantar". Assim, muitas pessoas, encantadas com o glamour passado pela música, fazem o uso de bebidas alcoólicas de forma desregrada, sem se preocuparem com as consequências ocultadas nas letras, como forma de acompanhar as tendências.    Ademais, outro aspecto se faz relevante, como a utilização de álcool contribui para a liberação de dopamina, substância que proporciona sensação de prazer, muitas pessoas utilizam etílicos como forma de amenizar sentimentos oriundos de decepções. Assemelhando a personagem Piedade, da obra "O Cortiço" de Aluísio de Azevedo, que após ser traída pelo marido, sucumbe ao alcoolismo como forma de minimizar o desencanto.   Portanto, é sabido que alterações psicológicas e o encanto pela bebida são fatores que contribuem para seu consumo em excesso. Diante de tais impasses, faz-se necessário que o SUS (Sistema Único de Saúde), disponibilize psicólogos, por meio de programas que atendam pessoas suscetíveis ao alcoolismo, como as que tenham passado por experimentações negativas, para que diminua o número de pessoas que recorram a bebida como forma de tratamento. Além disso, a mídia promova campanhas para alertar dos riscos que as produções artísticas podem trazer. Possibilitando assim uma redução no número de mortes causadas pelo álcool.