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Enviada em: 29/03/2017

Apontada como tema de saúde global de 2017, a OMS (Organização Mundial de Saúde) apontou a alta incidência de depressão como uma realidade alarmante. Nesse contexto, é perceptível que os costumes e os padrões estabelecidos pela sociedade, muitas vezes, caracterizados pelo desenvolvimento tecnológico tem causado prejuízos para a população, uma vez que o corpo humano não acompanhou a rapidez dessa evolução e possui dificuldades para adaptar a esse novo estilo de vida.  Primeiramente, é preciso ressaltar que nos últimos 30 anos, devido ao investimento em indústrias tecnológicas, e à facilidade para obter os produtos criados por elas, os hábitos da sociedade moderna sofreram grandes modificações. Isso pode ser observado pelo o apego da maioria da população aos "smartphones" e pelo alto consumo de alimentos processados. Esses dois fatores contribuem, diretamente, para o aumento de cortisol, hormônio inibidor da sensação de bem-estar no cérebro. O primeiro, pois sobrecarrega a mente com o excesso de informação, já o segundo é responsável por não oferecer os nutrientes adequados para o funcionamento adequado do sistema endócrino. Dessa maneira, propiciam o aumento do nível de estresse, consequentemente, da depressão.   Em segundo lugar, é importante considerar que o surgimento das redes sociais, os jovens sentem-se cada vez mais pressionados para se tornarem bem-sucedidos em todas as áreas da vida. Isso acontece, pois diante de inúmeras postagens as quais representam uma realidade, na maioria das vezes, aparentando uma felicidade falsa, o sentimento de tristeza acaba sendo ignorado. Além disso, aumenta as possibilidades de comparações entre os indivíduos da mesma faixa etária. Diante disso, o número de jovens com complexos de inferioridade, pensamentos depressivos que não procuram ajuda tem aumentado consideravelmente.   Em virtude disso, é necessário reconhecer que a tecnologia não vai deixar de evoluir, logo, para reverter essa situação é preciso que a sociedade adapte-se a essa situação. Para isso o Estado precisa investir em prevenção promovendo campanhas de incentivo à realização do exame de sangue que consegue detectar a depressão, e outras campanhas como setembro amarelo que mostra a importância de ter empatia pelo próximo. Além disso, deve aumentar os investimentos em tratamento psicológicos, oferecendo esse tipo de acompanhamento pelo SUS.