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Enviada em: 20/08/2017

No século XIX, a histeria assombrou mulheres jovens de classe média e proporcionou o surgimento da psicanálise. Desde então, outros tipos de doenças psicossomáticas foram observadas. Dentre elas, a depressão acomete indivíduos de todas as idades, etnias e classes sociais, porém seus efeitos se agravam na juventude, fase de formação da personalidade. Ainda assim, estas continuam a ser banalizadas e não recebem a mesma atenção que outras patologias.       De acordo com dados de 2015 da OMS, o Brasil tem o quarto maior percentual de casos de depressão do mundo, sendo maior a incidência em mulheres. Os fatores que levam a essa condição variam e podem ser associados à genética. Seus sinais - falta de ânimo, irritabilidade e distúrbios de sono - podem ser confundidos com os das mudanças proporcionadas pela adolescência, o que leva mesmo as famílias bem informadas a ter dificuldade em diferenciar os sintomas.       Desse modo, em um mundo onde a pressão pelo sucesso é cada vez mais precoce e as ilusões mostradas em redes sociais são tão presentes, as consequências das psicopatologias podem levar a casos extremos. Em 2017, a série de TV americana "13 Reasons Why" mostrou a história de uma jovem que conta os motivos que a levaram ao suicídio, o que reabriu o debate sobre a necessidade de se prestar atenção aos sinais da depressão.       Diante do exposto, mostra-se necessária uma ação do Estado, da escola e da família. O primeiro, através das secretarias de saúde de estados e municípios, deve garantir o acesso gratuito a psicólogos e psiquiatras; a segunda deve instruir professores para observar os sinais da depressão, bem como alertar os pais e informá-los como agir; a última deve se mostrar presente, dar apoio e oferecer tratamento - sem forçar- aos que sofrem desse problema, a fim de minimizar as consequências dessa doença silenciosa e brutal.