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Enviada em: 11/07/2017

Não se pode negar que a segunda fase do Romantismo no Brasil foi marcada por produções poéticas melancólicas e depressivas - fato evidente em obras como a do escritor Alvares de Azevedo. Entretanto percebe-se que a depressão é prejudicial à sociedade e vem aumentando entre os jovens brasileiros, uma vez que esse grupo é influenciado por fortes padrões sociais. Hodiernamente, sabe-se que essa patologia não se limita a afetar apenas o doente.  Dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais depressivos do mundo. Isso ocorre porque - mesmo em uma nação tão pluralizada - os jovens são diariamente bombardeados por informações midiáticas que mostram um determinado modelo estético, econômico e cultural  a ser seguido. Em decorrência dessa forte pressão diária, percebe-se a frustração e pessimismo daqueles que não conseguem atingi-lo, tornando-se susceptíveis a depressão e isolamento social. Atrelado a isso, a depressão não afeta apenas o jovem que encontra-se doente, porém todo o seu ciclo social. Isso acontece pois - conforme defendeu o sociólogo francês Émile Durkheim - a sociedade é como um organismo vivo, havendo interdependência entre todos os cidadãos. Nesse sentido, o jovem que sofre os males causados pela depressão - como apatia, isolamento e tristeza - encontra-se incapaz de tornar-se um cidadão ativo e contribuir positivamente com sua comunidade, limitando-se ao sentimento de desvalia.  A depressão é uma patologia que nada tem de poética, portanto, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino e mídias sociais, dissemine informações com o intuito de prevenir e conscientizar a sociedade sobre a doença. Ademais, o Ministério da Saúde, em conjunto com o Governo Municipal, deve investir na capacitação dos profissionais da rede pública de saúde, garantindo assim a identificação e tratamento eficaz da doença. Dessa forma alcançar-se-á uma melhor qualidade de vida para todos os brasileiros.