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Enviada em: 16/07/2017

A depressão é considerada a doença do século. Observa-se que fatores culturais menosprezam a importância do cuidado com a saúde mental, como consequência disso tem-se cada vez mais casos, principalmente na adolescência, uma fase de descobertas, transições e conflitos que tornam o adolescente mais vulnerável à doença. O suicídio é a consequência mais grave, mas não é a única, pois ela afeta múltiplas funções e causa danos psicossociais significativos. No entanto, o tabu sobre a depressão ainda faz com que muitos familiares ignorem os sintomas e consideram normal.      É notável que seja na escola ou em casa, as motivações de um jovem ao cometar suicídio e como preveni-lo dificilmente são temas das conversas. O vácuo faz com que sinais de alerta passem despercebidos até que seja tarde demais. Segundo o Mapa da Violência 2014, o número de suicídios aumentou 40% entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Logo, a necessidade de se investigar e identificar casos de bullying, homofobia, violência sexual ou qualquer tipo de intimidação ou agressão deve ser fortemente combatido, pois são os principais fatores que levam à doença.    Diminuição do interesse por atividades que sempre gostou, ganho ou perda de peso brusca, agitação ou apatia, perda da capacidade de concentração, insônia ou excesso de sono, sentimento de culpa, ideias suicidas. A depressão é uma doença crônica muito difícil de ser trata sem os familiares estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade e como tratá-la. Vale salientar também, que o Brasil é campeão mundial de transtorno de ansiedade e o quinto em depressão, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde).    Diante de dados tão alarmantes, fica claro, portanto que é necessário que a mídia propague mais informações sobre o assunto por meio de propagandas e novelas que abordem o tema. Entretanto, o debate deve ser cauteloso, pois algumas pessoas podem se sentir instruídas a cometer medidas drásticas ao invés de buscar ajuda. Além disso, é essencial que o governo passe a priorizar a qualidade de vida e a saúde mental da sua população, por meio de campanhas públicas de atendimento psicológico, projetos nas escolas com palestrantes da área e grupos terapêuticos abertos à comunidade. Dessa forma, todos saberão que a depressão é uma doença que pode ser evitada e tratada se preciso for.