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Enviada em: 27/07/2017

O suicídio é a complicação mais grave de uma doença incapacitante e sorrateira: a depressão. Essa - que levou a vida de Van Gogh - têm causado preocupações, dado ao seu aumento, entre os jovens brasileiros. Deve-se investigar suas causas ressaltando, sobretudo, a conduta apropriada para combater seu crescimento.  É pertinente considerar, antes de tudo, como os vínculos humanos podem explicar essa problemática. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, as relações têm se mostrado fluidas, de tal maneira que, são facilmente desfeitas e refeitas. Dessa forma, a inconcretude das relações pode contribuir com a solidão do jovem.   Somado à solitude, ressalta-se o papel das redes sociais. Lá, muitas pessoas carentes de atenção exibem falsas vidas felizes, pautadas no consumo e na estética. O jovem, crendo nessa realidade, projeta no futuro a esperança de viver essa ilusão. Desse modo, a cada passo que ele dá nessa direção, surge uma nova necessidade e a felicidade nunca é alcançada.  Cabe analisar, então, segundo Aristóteles, qual deveria ser o comportamento ideal para evitá-la. Para o filósofo o homem deve, por meio da razão, buscar o justo meio entre os extremos. Assim, o jovem não deve nem se projetar um futuro que não existe e nem viver um presente inexorável, porém deve sim, buscar uma vida virtuosa e equilibrada.  Dessarte, fica claro que a solidão, associada à insatisfação perene - provocada pela vida em rede – e a não busca pelo meio-termo tendem aumentar a depressão entre a juventude. É imprescindível que o Ministério da Saúde implemente, por meio do (SUS), o atendimento psicológico e psiquiátrico como prioridades, visando tratar a depressão como doença. Paralelamente a isso, pode acionar ONGs interessadas em criar um aplicativo que ofereça, por meio de um grupo de voluntários, apoio emocional a esses jovens, objetivando maior facilidade na busca por tratamento adequado.