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Enviada em: 26/07/2017

A adolescência é, numa concepção notável, o período de desenvolvimento físico e psicológico do ser humano. É nessa fase que a identidade do cidadão vai se edificando conforme suas influências do cotidiano. A vulnerabilidade emocional se torna algo perceptível, o que agregado com fatores biológicos, psicológicos e sociais, resulta num dos maiores transtornos da atualidade: a depressão. Esse problema que atinge especialmente os jovens brasileiros, requer um olhar mais cuidadoso principalmente da família, por ser uma das causas de agravamento da doença. O suporte familiar é, ao mesmo tempo que uma possível solução, um dos fatores que afeta direta ou indiretamente o adolescente, visto que uma relação conturbada em ambientes familiares pode acarretar no começo de sintomas depressivos, como a irritabilidade, tristeza sem motivo aparente e isolamento, prejudicando o próprio convívio do jovem. De acordo com pesquisas recentes, em 20% dos casos em que a depressão se inicia na infância ou na adolescência, há um risco de resultar em distúrbios bipolares e em casos mais graves até o óbito.  Entretanto,no Brasil, a depressão ainda é vista perante a sociedade como algo sem importância e não adquirindo o caráter preocupativo que deveria. Contudo, mídias digitais voltadas para o público juvenil estão aderindo e propondo debates sobre a doença, e suas consequências,como o suicídio. É nítida a intervenção da tecnologia em casos de surtos que podem ser considerados epidêmicos, mas é preciso considerar os lados negativos que a mesma traz para os pacientes vítimas de depressão. Num mundo globalizado, as relações humanas estão se tornando raras. A falta de diálogo, de demonstrações de afeto e de humanização estão sendo aos poucos substituídas por uma conexão virtual. A valorização do convívio humano deve ser retomado, através de laços de familiaridade, para que assim aconteça uma diminuição significativa do male chamado depressão e a reconstrução da afetividade familiar quase escassa.