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Enviada em: 31/07/2017

Para Platão, filósofo da Antiguidade, um ponto pessoal realmente importante é viver com qualidade de bem estar. Entretanto, esse princípio não é comum a adolescentes brasileiros que possuem depressão, o que configura-se, pois, como um problema a ser resolvido. Dessa forma, é válido analisar que as taxas dessa doença mental têm crescido, principalmente, devido à fluidez nas relações contemporâneas e, como resultado, persiste em trazer contextos danosos às vítimas do impasse.     De início, é preciso entender que, assim como o sociólogo Zygmunt Bauman alega, a sociedade hodierna, em geral, não apresenta relações de solidez entre cidadãos. Nesse sentido, o afeto interpessoal torna-se escasso e, por consequência, as pessoas muitas vezes passam a ser individualistas. Contudo, é necessário destacar que, para dispor de uma vida plena, são necessárias comunicações de intimidade entre seres humanos, uma vez que, sem elas, o indivíduo passa a guardar sentimentos como angústia para si, às vezes enfrenta problemas e, em muitos casos, não consegue resolve-los sozinhos. Com efeito,  ainda mais no meio juvenil, os indivíduos desenvolvem ansiedade e, como resultado, a depressão torna-se ainda mais presente na realidade adolescente.     Diante disso, ainda convém compreender as consequências desse cenário. Primeiro, observa-se que a problemática tende a diminuir o desempenho escolar do jovem. Isso porque eles passam a depreciar as condições sociais e, consequentemente, perdem interesse em várias questões, incluse nas atividades educativas. Acresce, ainda, que os efeitos do impasse podem ser fatais, porquanto, se o caso não for tratado, o estado da depressão pode partir para níveis mais severos, a ponto de a pessoa perder total interesse na vida e, por conseguinte, praticar atos que ferem seu próprio ser. À vista disso, nota-se a necessidade de um combate ao contratempo, mesmo porque, segundo a Organização Mundial da Saúde, cresceu mais de 700% nos últimos 16 anos no Brasil.     Portanto, a situação precisa ser urgentemente revertida. Para isso, membros do Ministério da Saúde , em colégios, devem palestrar de modo a ensinar as causas, danos e prevenções da doença, a fim de que esse mal seja cada vez menor no cenário jovem. A mídia, por sua vez, tem a opção de, em programas e jornais, propagar formas de os pais notarem sistomas da depressão em seus filhos, para que, assim, eles possam levar sua prole para o tratamento recomendado. Com o fito de tornar essa medida mais efetiva para indivíduos pobres, em seu programa público,  o Ministério da Saúde deve decretar urgência a todos os casos de depressão na juventude e, além disso, garantir consultas de, no mínimo, seis meses com psicólogos. Destarte, se tomadas essas condutas, conceitos platônicos sobre o viver bem, felizmente, serão mais frequentes entre o público adolescente brasileiro.