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Enviada em: 16/08/2017

Intitulado por Durkheim, o fato social "constitui em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem poder de coerção sobre o indivíduo". Nesse aspecto, novas características surgem nos tempos de Pós-Modernidade, também conhecida como Modernidade Líquida. Dessa maneira, muito se discute acerca da crise de ideologias para o futuro, que ,em consequência, é valorizado o agora, ou seja, o tempo presente. Influenciados por estas peculiaridades, a juventude brasileira enfrenta um grande problema denominado depressão, esta intrínseca a sociedade hodierna.     No início do século XIX até meados do XX, o mundo foi tomado pela pluralidade ideológica existente. Desde religiões como cristianismo, até ideologias políticas como socialismo e liberalismo, estavam todas em alta na sociedade. Entretanto, na Modernidade Líquida do século XXI - segundo Bauman - estas perderam a influência outrora exercida. Dessa forma, o futuro tornou-se incerto e o presente foi valorizado, caracterizando relações superficiais e constantes crises existenciais da população, somados a uma certa angustia consequente da incerteza ideológica. Por conseguinte, a nova geração de jovens vivencia o ápice de todas as características da atual Pós-Modernidade.     Ademais, um legado inerente às novas mudanças sociais surge fortemente na população. De acordo com a Organização Mundial da Saúde em 16 anos o número de quadros depressivos aumentou em 705% no Brasil. Isso ocorre, pois, pelo fato de ser uma novidade para a sociedade, a doença ainda não foi muito discutida.  Desse modo, é comum as pessoas ficarem sem reação ou mesmo não dar importância quando se deparam com algum conhecido que sofre com a enfermidade. Logo, a depressão não é tratada de maneira adequada, gerando graves problemas tanto psíquicos, como o isolamento social, quanto físicos, como a instabilidade funcional do corpo, alem disso, percebe-se constantes casos de suicídio consequentes da enfermidade.     É necessário, portanto, uma ação conjunta de toda a população para que seja estabelecida a "homeostase" do corpo social frente à nova problemática em questão. Cabe, primeiramente, ao Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Regionais, fornecer, nas Unidades Básicas de Saúde, tratamento gratuito com psicólogos especialistas em quadros de depressão. Já ao Ministério da Educação, em parceria com ONGs e a mídia, deve conscientizar a população por meio de campanhas, palestras e divulgação publicitária na televisão, acerca da depressão, suas causas, consequências e métodos de tratamento.