Materiais:
Enviada em: 21/08/2017

A depressão – grave doença psíquica – faz-se presente em níveis alarmantes no Brasil. Um caso extremo dessa doença no país foi o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1956, medida que embora contenha teor político, revela um grande desespero e frustração com a vida. Nesse contexto, o aumento de jovens depressivos gera preocupação na sociedade e saúde pública, logo, dois fatores não podem ser negligenciados: a depressão comprometendo o desenvolvimento sócio-educacional e o risco de medidas extremas, como o suicídio.     Em primeira análise, vale pontuar essa psicose como prejudicial ao indivíduo e todos ao seu redor. Comprova-se isso  pela tendência ao isolamento entre os adolescentes depressivos, enfraquecendo laços afetivos e consequentemente impedindo seu bom convívio social. Ainda, conforme uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo, o depressivo tem queda em seu rendimento escolar, comprometendo seu aprendizado. Desse modo, percebe-se o distanciamento da família, escola e amigos prejudica o desenvolvimento completo do jovem, tido como essencial para o sociólogo Emile Durkheim, já que é nessa fase que cria-se valores que serão úteis na fase adulta.    Ademais, convém frisar que a falta de perspectiva de melhora no quadro clínico depressivo sucinta a tomada de medidas imediatistas e irreversíveis. A precariedade de serviços públicos fornecidos – poucos profissionais especializados na área psiquiátrica – associada à falta de informações sobre a doença aumentam a incidência de suicídio, vista pelo doente como única saída para sua dor e sofrimento. Entretanto, ao analisar a pesquisa feita pela Organização da Saúde (OMS), vê-se que o aumento de cerca de 700% na população com depressão em menos de 20 anos exige mudanças nesse cenário, sendo necessário fornecer auxílio e suporte para esse distúrbio psíquico.    Portanto, medidas para solucionar o impasse são imperativas. É imprescindível que o Poder Público atue aumentando a disponibilidade de psiquiatras e psicólogos na saúde pública (SUS), por intermédio de maior destinação da verba arrecadada pelo Imposto de Renda, contratando mais profissionais especializados. Dessa maneira, com tratamento eficiente, o suicídio deixará de ser a opção mais viável. Além disso, à escola cabe o papel de fornecer acompanhamento com psicopedagogas, identificando quadros clínicos depressivos precocemente, inviabilizando a evolução deste e garantindo o efetivo processo pedagógico. Em adição, a mídia pode usar seu papel de difusora de conhecimento para divulgar informações acerca da depressão, por meio de propagandas e novelas, facilitando sua identificação e aumentando a busca por ajuda médica. Com tais soluções impostas, a atitude de Getúlio Vargas ficará apenas na História, tornando o suicídio uma atitude pouco recorrente na sociedade.