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Enviada em: 21/08/2017

O índice de depressão está cada vez mais alto em todo o mundo, no Brasil, esses dados alcançaram um crescimento de 705% em 16 anos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a organização também alertou para o fato de que os jovens são os principais atingidos pela doença. Logo, é indiscutível a necessidade de abordar as possíveis causas para o aumento significativo dos casos de depressão principalmente entre os adolescentes em busca das melhores formas de combater a doença.        Primeiramente, um dos principais problemas a cerca da depressão é a existência de preconceito e falta de informação em relação à doença por grande parte da população, o que dificulta o diagnostico e a procura por tratamento. No caso dos jovens esse cenário pode ser muito pior, já que em grande parte das vezes o temperamento deprimido é confundido com o comportamento característico dos adolescentes, que já se sentem naturalmente pressionados pelas mudanças que estão vivenciando e a pressão por obter sucesso no meio escolar ou de trabalho. Segundo Miguel Boarati Coordenador do Ambulatório de Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência do HC de São Paulo, o grupo feminino é o mais vulnerável, visto que além das questões hormonais, também sofre com o padrão de beleza atual e as exigências por trás dele. Tudo isso combinado a um frágil aporte do Sistema de Saúde, torna mais difícil à confiança dos jovens nos meios de tratamento da depressão.         Ademais, o Cientista Comportamental Jonathan Haidt aponta para a contribuição do uso excessivo da tecnologia na atual crise mental, segundo ele a possibilidade do anonimato contribui para o chamado cyberbullying e também outras formas de agressão ao jovem, como é o caso de meninas que são compelidas aos transtornos alimentares por grupos “Pró-ana e mia”. O cientista também aponta para a dependência pelas redes sócias em detrimento da comunicação no mundo real, o que torna ainda mais difícil a intervenção de pessoas próximas e familiares nesses casos.         Em suma, é fundamental o envolvimento dos pais a partir da abertura de diálogo com os filhos, orienta-los sobre os malefícios do uso excessivo da internet e da importância do convívio fora das redes é essencial. A escola tem papel nesse processo de intervenção, convidar a família a participar do cotidiano escolar dos jovens e prestar orientações por meio de seminários que mostrem que a cobrança excessiva pode ser prejudicial à aprendizagem e também para a saúde mental oferece a sensação de amparo aos jovens. O Estado deve promover ações junto às mídias para conscientizar a população sobre a gravidade da depressão. É fundamental também que o Estado amplie o sistema de saúde, aumentar o contingente médico deve ser eficiente para que os pacientes sejam mais bem acolhidos.