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Enviada em: 21/08/2017

A depressão é considerada o mal do século pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofram com a doença. Nesse ínterim, o crescimento da depressão no Brasil é alarmante, estima-se que em 16 anos houve um aumento de mais de 700% nos casos da doença. Desse modo, o aumento da depressão entre os jovens é agravada pelo negligenciamento da doença e pelas relações sociais na modernidade.   A falta de informações sobre a doença leva ao seu negligenciamento, o que dificulta o diagnóstico e tratamento da mesma. A depressão é uma doença relativamente nova, que só passou a ser tratada com seriedade a partir da década de 80, por conseguinte houve uma banalização da doença, por vezes sendo vista como tristeza ou "frescura", devido à falta de informação. Ademais, sintomas comuns da doença, como irritabilidade e mudança de humor, podem ser facilmente confundidos com o comportamento adolescente, ocultando o diagnóstico e propiciando o aumento da doença entre os jovens.   Por outro lado, as causas que desencadeiam a depressão estão, geralmente, ligadas às relações sociais abaladas ou a falta delas. O sociólogo Zygmunt Bauman discorre sobre a modernidade liquida, em que emerge o individualismo, a fluidez e efemeridade nas relações, mostrando que os laços sociais são inconstantes e facilmente quebrados. Além disso,  o meio virtual é muito comum para comunicação entre os jovens, porém suas relações são instáveis com amizades que podem ser feitas e desfeitas a qualquer momento, intensificando a insegurança de se criar ou manter relações sociais. Desta forma, a falta de laços pode ser um fator de indução à doença, que está intimamente ligada ao isolamento social.   Em suma, o quadro de depressão tem crescido cada dia mais, portanto, é necessário que a sociedade seja conscientizada sobre a gravidade dessa patologia e seus sintomas. Para isso, o Ministério da saúde em parceria com a mídia devem promover campanhas sobre a importância de se combater e diagnosticar a doença, por meio de propagandas televisionadas e no meio virtual, com objetivo de atingir a todos. Ainda, o Ministério da educação junto ao Ministério da saúde devem exigir de todas as instituições de ensino - fundamental, médio ou superior - uma equipe de profissionais para suporte psicológico, que auxilie na identificação da doença e promova palestras e debates para combate a depressão e otimização as relações sociais entre os alunos.