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Enviada em: 01/09/2017

É possível morrer de tristeza?         Uma mulher do Rio de Janeiro, antes saudável e alegre, começou a definhar após a perda de seu filho, vítima de fogo cruzado, até que, segundo familiares, “morreu de tristeza” um ano depois do incidente. Estas palavras, que podem parecer força de expressão, têm respaldo na medicina. A depressão é uma doença, e pode sim ser fatal e que, negligenciada pelo poder público, seus efeitos são cada vez mais visíveis na sociedade, o qual o Brasil já vem enfrentando há muito tempo essa realidade, por isso, é preciso defendem políticas públicas mais efetivas em relação à doença.        A depressão é considerada pela Organização Mundial de Saúde como o mal do século XXI, por atingir homens e mulheres de qualquer faixa etária. Estima-se que pelo menos em um momento da vida, uma pessoa sofre com a grande angústia, dependendo apenas do meio em que vive para que se agrave para depressão. Contudo, a maioria das pessoas desacreditam sobre essa doença psicológica, denominando o tema como “frescura” ou “falta de fé em Deus” o qual só faz com que esse preconceito e ignorância sirvam de perigosos agravantes para a progressão do estado depressivo.        Infelizmente, por causa da incompreensão acerca do assunto, muitos depressivos procuram ajuda somente quando se encontram na fase aguda da doença, além disso, como o alívio dos sintomas não é imediato, o doente muitas vezes desanima-se, abandonando o tratamento antes que faça efeito, prolongando seu sofrimento. Conseguinte, os tratamentos psicológicos são caros, e o governo que deveria fornecer tratamento gratuito para aqueles que não podem pagar, não disponibiliza profissionais suficientes na área e restringem o número de medicamentos.         Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo o filosofo Emanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, dessa forma o MEC deve instituir nas escolas palestras ministradas por profissionais da área das ciências psíquicas, a fim de informar sobre a doença psicológica e como a mesma solicita acompanhamento especializado e intervenção medicamentosa. Outrossim, o Ministério da Saúde deve investir, em medicamentos para tratar a doença e disponibilizar para os necessitados, como também na contratação de psicólogos e psiquiatras nos postos de saúdes a fim de auxiliar na recuperação dos depressivos oferecendo uma melhoria em sua qualidade de vida.