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Enviada em: 25/10/2017

Na transição do século XX para o XXI, a sociedade brasileira passou a vivenciar uma demanda exacerbada, por outras nações, pelos bens, serviços e pessoas capacitadas do país. Porém, não estava planejado que a demanda seria tão intensa, já que o êxodo rural no país é considerado recente, quando comparado a outros países. Além disso, a geração do campo, na década de 70 até 90, começou a visar o futuro dos filhos na cidade e na faculdade, mas os reflexos dessa inserção de filhos de muitos lavradores resultou no termo "sociedade líquida", taxado como a pós-modernidade, em que as coisas se dissolvem facilmente e o indivíduo passa a pensar apenas nele, ao invés do coletivo.          Em primeiro lugar, segundo Zygmunt Bauman, a sociedade líquida seria a fluidez na qual se dá a sociedade atual, em que o coletivo já não significa o bem comum para todos. Por exemplo: o desejo do sucesso pessoal leva o indivíduo a buscar um prazer incessante, que é sanado, muitas vezes, com o fracasso do outro. Então, o uso de qualquer ferramenta, seja essa: o diálogo ou a força, é motivo para justificar o objetivo, assim como Nicolau Maquiavel já dizia em sua obra "O Príncipe". Por consequência, indivíduos ficam solitários, inseridos no orgulho do individualismo, onde, silenciosamente, a depressão começa a demonstrar seus sinais.         Em segundo lugar, o Brasil é considerado um país de terceiro mundo, já que teve uma industrialização tardia, mas compensou no setor primário, vulgo agricultura, e na educação. Indubitavelmente, o aumento da taxa de escolarização do brasileiro, mais no final do século XX, reflete até os dias atuais. Por conseguinte, a jovem sociedade brasileira acaba assumindo maior responsabilidade, mas entra em cena o jeitinho brasileiro de tomar proveito diante de alguma situação, para benefício próprio. Sem dúvida, a depressão começa a ganhar maiores dimensões na sociedade pós-moderna, onde o jovem é moldado para seguir o estereótipo de um cidadão economicamente ativo, começando por faculdade, estudos e mercado de trabalho, as vezes, como se a felicidade do indivíduo pudesse ser medida a um canudo, referente a conclusão do curso.          Nesse contexto, portanto, é necessário que o Governo, por meio do Ministério da Saúde, em conjunto com o Sistema Único de Saúde, promova a construção de centros especializados em diagnósticos de depressão, sendo crônica ou não, com psicólogo e psiquiatras para sanar as dúvidas recorrentes sobre a essa doença, a fim de evitar o aumento dessa, principalmente, entre os jovens. Por outro lado, a mídia com seu poder persuasivo, através das novelas, deve incentivar a sociedade a prestar ajuda quando alguém demonstrar sinais de tristeza e/ou desconforto emocional, conduzindo-o ao centro especializado, assim, a depressão será uma doença a mais na lista e não uma epidemia crescente de difícil combate.