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Enviada em: 26/08/2017

O filme "Se Enlouquecer Não se Apaixone", produzido em 2010, retrata o drama de um jovem depressivo que se interna num hospital psiquiátrico durante uma semana, após tentar pular de uma ponte. Fora das telas, a depressão é uma realidade cada vez mais recorrente no Brasil. Fatores como bullying, cyberbullying e a pressão exercida sobre a juventude nas questões da sociedade contribuem diretamente para o cenário de contínuos aumentos no número de depressão e seus efeitos, como a autoexclusão e até mesmo o suicídio.     Definido como agressões repetitivas, sendo ela física ou psicológica, o bullying, presente principalmente em escolas, ganhou mais uma vertente nos últimos anos: o cyberbullying. Ameaças, brincadeiras de mau gosto e zombarias através das redes sociais é o principal mecanismo de agressão dessa  vertente. Juntamente com o aumento e o surgimento dessas formas de ataque, a depressão entre os jovens do país se intensificou em números alarmantes, deixando o Brasil em 3º lugar no ranking de depressão mundial, segundo um estudo realizado em 2011, mostrando assim uma relação direta entre a doença e as formas de abuso.    Além desse fator,  pressão exagerada exercida sobre essa parcela da população também tem contribuído para a posição do país no ranking. Problemas vindos desde a infância como divórcio dos pais, brigas em casa e não aceitação da aparência e forma física, que fogem do padrão de beleza atual, podem se acumular a outras adversidades posteriores, como a cobrança em relação aos deveres perante à sociedade, podendo gerar depressão e também impulsionar o uso de drogas e álcool, por exemplo, uma vez que seus usos são vistos como uma válvula de escape para essas complicações.    A depressão e seus efeitos, portanto, é um grave problema no Brasil. Diante disso, faz-se necessário que o Estado fortaleça a fiscalização nas escolas em relação ao bullying, capacitando professores e funcionários, além  do incentivo através de campanhas que estimulem a denúncia pelas vítimas de que pratica o cyberbullying, para que haja punição dos envolvidos. Já a sociedade pode promover palestras de conscientização com psicólogos para pais e responsáveis, com o objetivos de mentalizá-los em relação à pressão exercida sobre os jovens e adolescentes, indicando os limites de cobrança e como separá-los de questões que não os envolve, prevenindo assim o surgimento de doenças como a depressão, e o uso de álcool, drogas e outros entorpecentes.