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Enviada em: 30/08/2017

As psicopatologias atingem um significativo contingente populacional, e encontram-se presentes em pacientes de países industrializados ou em desenvolvimento, bem como em alternadas faixas etárias. Todavia, não se trata de uma doença recente. É considerável o número de artistas e pensadores que sofreram com essa enfermidade, como o compositor Beethoven, ou ainda o aclamado escritor da língua portuguesa, Machado de Assis. No mundo contemporâneo, os jovens são mais acometidos por sentimentos de tristeza e melancolia, caracterizando um entrave enfrentado pela geração atual.        Nesse contexto, além das questões bioquímicas, as quais ratificam a depressão como uma patologia essencialmente neurológica, fatores psicológicos e sociais possuem demasiada relação com o problema. A mídia, em suas produções de filmes, artigos ou até mesmo nas redes sociais, pode ser facilmente culpabilizada, visto que é a responsável pela criação de esteriótipos e de padrões estéticos, os quais as adolescentes sentem-se forçadas a fazerem parte. Esse fator, uma vez aliado a instabilidade de emoções e de pensamentos existentes nessa etapa da vida, são suficientes para causar danos à saúde mental do jovem.         Sobretudo, é notório o crescente número de suicídios no país, especialmente ligados a transtornos psiquiátricos, que podem ter como determinantes fatores como agressões sofridas, bullying, pressão familiar ou difícil convivência social. Essa consequência direta das enfermidades mentais tornou-se um problema de saúde pública, juntamente com o consumo do álcool e das drogas ilícitas. Casos nos quais o indivíduo não encontra solução ao sofrimento enfrentado, muitas vezes não puderam ser previstos por familiares, haja vista o complexo diagnóstico desses distúrbios, com seus sintomas como a irritabilidade, a tristeza e a agressividade, facilmente associados a típica fase da adolescência.         Em suma, a depressão é uma patologia silenciosa que exige a percepção e a presença dos pais. Como medida corretiva, a fim de se antecipar o diagnóstico, cabe aos Governos Estaduais a contratação de uma equipe de apoio especializado aos estudantes, formada por psicólogos e psicopedagogos. Quanto à mídia, a diversificação de padrões deve começar nos anúncios publicitários, com a introdução de novas formas de  beleza e do que é considerado aceitável pela sociedade. Como combate ao suicídio, cabe ao Governo Federal a organização da rede de saúde, com a disponibilização de ambulatórios, centros de atendimento social, serviços de urgência e leitos hospitalares.