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Enviada em: 04/09/2017

É revelante a ideia de que valorizar o homem como um ser social significa buscar alcançar as transformações necessárias para uma sociedade mais justa. Nesse contexto, quando se discute sobre o aumento da depressão entre os jovens no Brasil, observa-se que esta cresceu consideravelmente no século XXI devido aos novos estímulos e ao novo modelo de vida pós-moderno. Diante desse cenário, não há duvidas de que é preciso romper com essa epidemia.   É necessário compreender que o atual modo de vida dos indivíduos pós modernos foi condição indispensável para formação de uma sociedade depressiva. É lastimável que o homem tenha alcançado patamares elevados de desenvolvimento e tecnologia ao passo que destruiu gradativamente sua psique. Assim, fica claro que os avanços médicos, científicos e tecnológicos não foram capazes de assegurar a saúde mental de uma sociedade ensinada que "desbravar" e "ter" é mais importante que do que "ser".     Sob esse olhar, torna-se relevante discutir o problema na tentativa de diminuir os altos índices de depressão principalmente na população jovem brasileira. O mais preocupante nesse cenário, é que não se percebe que o capitalismo e o mundo globalizado tem sido uma máquina que alimenta os problemas psíquicos do século XXI. Isto porque, o alicerce desse sistema alimenta a cobiça e o desejo pelo inalcançável- como padrão de vida e beleza utópicos-. Em vista disso, não há dúvidas de que grande parte das pessoas passam a se sentir um fracasso e entram muitas vezes em um quadro depressivo.     Segundo o geografo Milton Santos é necessário lutar por uma nova globalização. Na qual, o interesse econômico e consequentemente o modo de vida das pessoas não contribuam para depressão. Ademais, deve-se investir em palestras que visem  desmistificar a depressão e auxiliar no tratamento adequado, a fim de que essa perspectiva seja transformada.