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Enviada em: 13/09/2017

No final do século XIX, a Psicanálise, através de Sigmund Freud, surgiu como uma ferramenta capaz de somar conhecimentos acerca de distúrbios de caráter mental. Esse acontecimento foi essencial para que a depressão pudesse ser entendida e tratada ao longo dos anos. Apesar desses fatos, essa doença vem crescendo exponencialmente entre a população jovem no Brasil. Nesse sentido, dois fatores não podem ser negligenciados: as práticas de bullying em ambiente escolar e a pressão oferecida pelas redes sociais a esse grupo.     Primeiramente, cabe ressaltar que as atitudes preconceituosas praticadas na escola estão intimamente relacionadas à persistência e, também, ao aumento do problema. No filme " Um grito de socorro", um adolescente comete suicídio em função do bullying que sofria de seus colegas de sala. Esse acontecimento, ainda que ficcional, está presente no contexto brasileiro. Por conseguinte, é visível que as experiências vividas nesse ambiente são a base da construção de uma personalidade, e, do mesmo modo, é notório que, se esse momento for marcado negativamente por uma atitude ofensiva, haverá um fator de risco que poderá levar ao surgimento da depressão. Assim, é importante que as ações em ambientes escolares sejam pensadas para que o problema diminua.     Somado a essa questão, muitas experiências vividas por adolescentes em redes sociais podem ser um pretexto para o surgimento da doença. Observa-se isso, por exemplo, em um jogo que passou a circular na internet em 2017, chamado "Baleia Azul". Nesse sentido, muitos jovens cometeram suicídio ou apresentaram quadros graves de depressão após participarem dessa competição mortal. Isso evidencia a participação das redes virtuais na disseminação de fatores que levam à ocorrência da doença em questão, fato que nos leva a pensar em soluções.     Diante dos fatos mencionados, é preciso pensar em medidas que resolvam os problemas. O Ministério da Educação deveria criar e aplicar projetos, com o tema "Formação Educacional na Luta Contra o Bullying", na base curricular das escolas. Ademais, esse mesmo ministério poderia promover palestras e acompanhamento psicológico aos alunos, a fim de que, com tais medidas, o surgimento dos casos de ofensa e desrespeito nesses ambientes diminua, além de promover a mitigação de um precursor da depressão. Além disso, as famílias devem ser instruídas para que possam intervir nos conteúdos acessados na internet pelos jovens. Tal instrução poderia ser alcançada através da distribuição de cartilhas informativas e da promoção de palestras oferecidas pelos Ministérios Públicos Estaduais à  população. Por fim, a mídia deveria transmitir em canais de rádio, televisão e nas redes sociais mensagens de conscientização, objetivando o combate à doença.