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Enviada em: 07/09/2017

Presente em aproximadamente 6% da população brasileira, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão tem se tornado um dos principais tópicos quando se trata de saúde mental. A preocupação recai principalmente sobre a juventude, faixa etária em que o suicídio induzido pela depressão foi a segunda maior causa de morte em 2015.       Considerado um criadores do pensamento sociológico, Émile Durkheim fundamentou seu pensamento na relação de influência que a sociedade exerce sobre o indivíduo. Se este, por vontade própria ou circunstâncias adversas, não pratica ações comuns a população em geral, tenderá a receber, segundo Durkheim, coerção. Muitas vezes, as diversas transformações encaradas durante a adolescência e juventude acabam tornando o indivíduo inapto a participar de certos grupos sociais, pois não atinge o padrão requerido. Ao ser excluído, é comum que o sujeito desenvolva pensamentos em torno do fato de ser insuficiente e se torne receptáculo do pensamento niilista, no qual a existência aparenta ser algo ilógico e, muitas vezes, desnecessário. Quando a pessoa atinge esse último pensamento, normalmente o transtorno depressivo está em um nível avançado e o suicídio chega a lhe parecer a opção a melhor se encaixar.             A iniciativa de falar o que está sentindo é difundida como uma das principais formas de amenizar os efeitos da depressão. No entanto, há ainda um tabu sobre os transtornos mentais que, por não manifestarem sintomas físicos, na maioria das vezes, são encarados por muitos como algo meramente imaginário. Psicofobia é o termo dado para esta situação, e atinge fortemente os jovens, principalmente os homens. Isto se deve a construção social ainda presente sob o homem, que o priva de expressar sentimentos e demonstrar fragilidade, pois, aparentemente, acarretará na perda da sua virilidade, algo enaltecido por muitos.              Tendo em vista a dimensão da problemática apresentada, fica claro a necessidade de desenvolver meios eficientes para diminuir tais índices. Cabe ao Estado a implementação de psicólogos ao eixo de profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a população acesso ao acompanhamento que se faz necessário, mesmo que não haja capital para pagar por serviços particulares. A mídia deve divulgar as iniciativas criadas com o intuito de ajudar pessoas com transtornos depressivos, como o Centro de Valorização a Vida (CVV) que lida com as pessoas por meio do telefone e um sistema de chat online. Há também o Setembro Amarelo, que visa tratar da referida problemática durante todo o mês de setembro, buscando demonstrar empatia para com aqueles que passam por essa situação através de conversas e  mensagens disseminadas nas redes sociais.