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Enviada em: 02/10/2017

Sabe-se que os seres humanos, diferente de outras espécies, são racionais e, portanto, são capazes de desenvolver tecnologias como a fala, a escrita, as leis e até mesmo questionar sobre sua própria existência.Contudo, apesar dessa vantagem evolutiva nos conferir elevados níveis de desenvolvimento, ela também traz alguns malefícios, como observado nos textos pertencentes ao período ultrarromantista da literatura, no século XIX, em que jovens, diante de suas visões de mundo um tanto quanto reprimidas pela sociedade da época, desenvolveram o chamado "Mal do século", expresso por gêneros textuais com conotações depressivas. Apesar de passado muito tempo, a juventude brasileira ainda enfrenta esse grande problema: o aumento dos casos de depressão. O futuro é incerto, mas as políticas públicas descontroladas aumentam essa incerteza. A história da política no Brasil é marcada por diversas reviravoltas muitos fracassos que advém, em sua maioria, de burocratas que acreditam ser detentores de uma inigualável sabedoria, como visto por exemplo durante a Primeira República, o Encilhamento, uma política monetária do Ministério da Fazenda que, ignorando o conhecimento básico de economia, aumentou o dinheiro em circulação no mercado, o que gerou uma enorme inflação, aumentou o custo de vida, destruiu postos de trabalho e aumentou a dívida do país. São medidas desse tipo que acabam por aumentar a pressão sobre a juventude, uma vez que esta se preparava para se inserir em um cenário que às vezes em um curto período de tempo está totalmente distinto. De nada adianta oferecer tratamento para a doença se muitos dos familiares encaram os sintomas como "frescura". O governo brasileiro, desde a segunda metade do século passado, oferece aos cidadãos um sistema de saúde universal e este, por sua vez, possibilita que qualquer pessoa seja tratada das mais diversas doenças existentes, dentre elas o transtorno depressivo. Infelizmente, o simples fato de possibilitar o tratamento não quer dizer que as pessoas irão aderi-lo, uma vez que falta informação nas escolas tanto para os pais, nas reuniões com a coordenação, quanto para os alunos,  nas aulas, sobre os sintomas e como e onde buscar ajuda. Portanto, a fim de diminuir os casos de depressão no Brasil, cabe ao poder Legislativo a instituição de diretrizes na Constituição que estabeleçam parâmetros para a implementação de políticas públicas, isto é, limitando investimentos do BNDES em áreas que sejam sensíveis demais à incentivos artificiais, como o setor industrial e bancário. Além disso, é importante que o Ministério da Saúde em atuação conjunta com o Ministério da Educação, agendem visitas de profissionais da psiquiatria nas reuniões de pais e responsáveis, e palestras nas aulas para informar sobre os perigos e sintomas da depressão.