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Enviada em: 18/09/2017

A questão do suicídio de jovens no Brasil cresce de modo lento, porém, constante. Segundo o "Mapa da Violência", no ano de 2017, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014 - um aumento de quase 10% - reforçando a vulnerabilidade dos jovens diante deste problema, que pode ser acentuado por diversos fatores, como por exemplo, a depressão, abuso de drogas e álcool e o bullying. No mesmo ano, houve o surgimento do jogo "Baleia Azul", que visa a série de desafios cujo objetivo final do jogador é acabar com a própria vida, demonstrando como é importante o debate sobre esse tema.   Segundo Mariana Bteshe, psicóloga e professora da UERJ, reitera que silenciar sobre o suicídio não ajuda a combater o problema. Por ser um tabu, o chamado "Efeito Werther" - a ideia de que falar de suicídio pode inspirar ondas de casos por imitação - dificulta a propagação de debates sobre o tema. Portanto, muitos jovens ficam suscetíveis ao suicídio, não sendo compreendidos por suas angústias e sofrimentos. Nesse aspecto, o ambiente escolar pode ser um dos principais elementos associados ao ato de suicidar, como por exemplo, a prática do bullying. O constante sofrimento psíquico por pessoas que não se "encaixam" em uma categoria imposta, se submetem a princípios de depressão, e, consequentemente, a morte.   Em decorrência dos fatos apresentados, o jogo chamado "Baleia Azul", levantou temas que não são tão abordados. O jogo, tão misterioso, teve repercussão no país no início do mês de Maio, quando uma adolescente de 16 anos foi achada morta dentro de uma represa no pequeno município de Vila Rica (Mato Grosso), com cartas onde falava sobre as regras do desafio, uma lista de tarefas com cronogramas marcados, e cortes nos braços e nas pernas. E, dessa forma, fez com que autoridades verificassem sobre esse crime e inibissem a propagação desse mal, evitando assim, mais mortes.   Diante dos fatos apresentados, é essencial a busca de soluções para o término do suicídio que assola entre os jovens. Desse modo, o Poder Executivo, junto com o Poder Legislativo, responsáveis pela execução e criação das leis, imporem punições mais severas àqueles que incentivarem o suicídio e, portanto, fiscalizando tais crimes para inibir a propagação do ódio. Além disso, a mídia, como grande comunicadora de massa, fornecer propagandas educacionais visando informar sobre esse assunto, objetivando a diminuição de casos de suicídio.