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Enviada em: 19/09/2017

O livro " Os sofrimentos do jovem Werther ", do poeta e escritor alemão Goethe, marcou época ao protagonizar a maior onda de suicídios em massa da história da literatura levando jovens de toda a Europa a seguirem o mesmo rumo do personagem principal que pôs fim a sua própria vida. Hoje, entretanto, na era da pós-modernidade, a depressão bem como o suicídio cresce não só no mundo como também no Brasil e estão cada vez mais presentes em uma sociedade imediatista de consumo. Nessa perspectiva, é cabível refletir sobre os motivos que levam a esse problema.   Primordialmente, é importante entender que vivemos em uma sociedade que prioriza a substituição da coletividade e da solidariedade pelo individualismo; e a transformação do cidadão em consumidor. De fato, a depressão não é só um problema do século 21 ela existe desde de muito tempo, contudo foi potencializada em uma era cujos relacionamentos afetivos se dão por meio de laços momentâneos e superficiais e as relações interpessoais podem ser desfeitas com a mesma facilidade com que são estabelecidas além de, atualmente, haver também uma supervalorização no que tange o mundo do consumo em que o ser humano é reconhecido pelos bens materiais que possui. Diante de todos esses fatores, os jovens, imersos a essa realidade cheia de angústias e incertezas buscam fuga para os seus sofrimentos sejam em drogas ou  bebidas alcoólicas, isolamento ou até mesmo na morte.   Ademais, a falta de informação acerca da doença aumenta ainda mais a descriminação e à banalização em relação a esta epidemia silenciosa. Sendo assim, infelizmente, muitos dos preconceitos disseminados ocorrem dentro do meio familiar que muitas vezes não percebe os sinais que a pessoa depressiva demonstra e a considera como sinais inerentes à adolescência. Destarte, a depressão se constitui como caso de saúde pública e se negligenciada pode recrudescer e levar a morte. Por isso, trata-lá com o devido acompanhamento é fundamental para também diminuir os índices de suicídio que segundo a OMS ocorre a cada 45 minutos no Brasil e é a segunda maior causa de mortes entre os jovens.   Assim, pode-se perceber que a fluidez das relações e o preconceito são imperativos no que se refere ao mal do século. Para reverter este cenário dramático, o Ministério da Saúde deve ampliar e efetivar a rede de Assistência Psicossocial para ajudar os jovens a lidar com suas emoções, sentimentos e pressões do mundo moderno tratando e prevenindo a depressão aliado ao Ministério da Educação que deve através de propagandas e cartilhas veiculadas tanto na Mídia como nas Escolas conscientizar a sociedade o quão perigoso é estigmatizar uma pessoa depressiva e a Família de frente a todo esse conhecimento deve estar atenta aos seus jovens e ao sinais que eles demonstram.