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Enviada em: 25/09/2017

Se durante a segunda fase do movimento romântico no século XVIII o mal do século era a tuberculose, nos dias de hoje, as estatísticas revelam que a depressão assumiu esse papel. Em virtude dos tempos de modernidade líquida e da presença excessiva das redes sociais na vida dos indivíduos, a depressão representa uma causa direta para o suicídio e, ainda, é uma doença estigmatizada na sociedade.   Em primeiro plano, é importante ressaltar que segundo pesquisas, o Brasil é o terceiro país mais deprimido do mundo e que o aumento desenfreado dos casos de depressão entre jovens já é preocupante. Nesse contexto, a teoria do sociólogo Bauman evidencia uma das justificativas do problema, em que os indivíduos não conseguem manter suas identidades e suas relações afetivas devido à fluidez e à fragilidade nos tempos modernos.   Ademais, os jovens brasileiros sofrem uma constante pressão com relação ao futuro de suas vidas, esses são obrigados a conquistarem carreiras profissionais e relacionamentos amorosos estáveis de maneira demasiadamente rápida, por exemplo. O papel das redes sociais também é decisivo, já que por meio delas "figuras públicas" exibem vidas perfeitas e felicidade ininterrupta e, assim, outros indivíduos passam a buscar incessavelmente esse jeito de viver, sem reconhecer os altos e baixos da vida e sem saber lidar com momentos tristes.   É evidente, portanto, a necessidade de medidas que mitiguem o impasse. Cabe ao Ministério da Saúde, por meio das mídias, divulgar campanhas que instiguem os jovens a buscarem ajuda, expondo o problema para os responsáveis, por exemplo, e a procurarem tratamentos com psicólogos a fim de evitar casos de suicídio e de garantir o bem estar dos cidadãos. Cabe às Instituições Religiosas e às famílias, por sua vez, abandonarem o pensamento preconceituoso a respeito dessa doença e oferecerem apoio a esses indivíduos, aquelas através de auxílio espiritual e de palestras e essas através de conversas sobre a adversidade, com o objetivo de que ela não seja mais vista como tabu e de que seja, de fato, resolvida.