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Enviada em: 25/10/2018

"A depressão não tem rosto", afirmou o ator de comédia Jim Carrey  após passar por tratamento contra um quadro depressivo. Embora silenciosa, a depressão é cada vez mais comum no mundo contemporâneo. Nesse sentido, no Brasil esse quadro mostra-se progressivo, principalmente entre os jovens, não só pela negligência da depressão como uma doença mas também pelas relações sociais impostas pelo capitalismo.           De início, cumpre ressaltar que a depressão, em muitos casos, é negligenciada enquanto doença resultando em um diagnóstico tardio e agravamento do quadro depressivo. Isso acontece porque existe um preconceito ao estigmatizar o jovem depressivo  como preguiçoso, desanimado e até, informalmente, como anêmico. À vista disso, o próprio indivíduo tenta camuflar a doença, fingindo que tudo está bem, com o objetivo de não receber julgamentos, assim, tornando a doença ainda mais perigosa segundo especialistas da Organização Mundial de Saúde.             Além disso, cabe ressaltar, ainda, que o capitalismo estimula o aumento da depressão a medida que incita a dependência de recursos financeiro para a construção de um futuro estável. Nesse contexto, o jovem ao passar por crise econômica, instabilidade financeira e demissões no trabalho, aspectos comuns no mundo contemporâneo, desenvolve um medo exacerbado do futuro, precursor do quadro depressivo. Exemplo disso, foi a crise econômica de 1929 nos Estados Unidos, período chamado de "A grande depressão" devido aos inúmeros casos de depressão registrados, alguns, infelizmente, resultando em suicídio.           Portanto, diante desse cenário, pode-se afirmar, categoricamente, a necessidade de medidas concretas que diminuam a depressão entre os jovens no Brasil. Assim, o Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, deve promover fóruns educativos sobre a depressão em escolas através de palestras e folhetos informativos com as características da doença para pais, alunos e professores, afim de promover uma percepção mais rápida do quadro depressivo. Essa medida, deve ser apoiada pelo Governo Federal através de subsídios para o aumento do efetivo de médicos especialistas, em hospitais público, tornando o atendimento e diagnóstico de novos casos mais eficiente e acessível à população.