Materiais:
Enviada em: 23/09/2017

A trágica história                                                        TEMA: SUICÍDIO ENTRE OS JOVENS NO BRASIL      William Shakespeare, em sua obra ''Romeu e Julieta'', retrata a história de um amor entre dois jovens que impedidos de ficarem juntos se suicidam. A despeito do romance do século 16 ser fictício, o suicídio entre os jovens no Brasil, na atualidade, não pode ser enquadrado dentro desse gênero dramático, mas sim como um grave problema de saúde pública. Em vista disso, é preciso analisar de que forma os transtornos mentais ocorrem no ambiente familiar e como os fatores sociais influenciam na persistência desse comportamento suicida.     A princípio, percebe-se que a análise dessa conjuntura tem no centro de seus argumentos os distúrbios psiquiátricos. De acordo com Schopenhauer, a existência é um erro e só a morte para corrigir uma vida de sofrimentos, dores e tédio. De modo semelhante, observa-se um certo número de jovens depressivos dizendo que não valem nada e que são um peso para as outras pessoas, haja vista a quantidade de adolescentes que distribuem seus pertences, fazem desenhos ou escrevem que preferiam estar mortos. Por conseguinte, a depressão é vista como uma falência pessoal e não como uma doença. Dessa forma, confirma-se a importância do diálogo entre pais e filhos para diminuir os riscos das doenças mentais nessa fase da vida.      Segundo Durkheim, a sociedade gera os elementos que concorrem para que o indivíduo cometa o suicídio. Nesse sentido, muitos adolescentes sofrem com uma imagem fantasiada dos pais e não têm espaço para ser quem eles são. Bom exemplo disso é a pressão social pelo sucesso, com excesso de aulas e cursos, que muitos estudantes são submetidos nos dias de hoje. Em virtude disso, boa parte dos jovens são expostos mais precocemente a substâncias psicoativas para diminuir o sofrimento, já que os mesmos não tem uma rede de apoio disponível com frequência. Desse modo, nem todos que sofrem só por amor, ou por outra razão qualquer, se suicidam.       Fica evidente, portanto, que as mudanças de comportamento no combate ao suicídio entre os jovens no país precisam ser permanentes. Com o propósito de reduzir esse problema social, os pais devem ajudar os filhos no aprimoramento do saber emocional e social por meio de técnicas eficientes para prevenção do suicídio, como tomar decisões e lidar com a raiva, a fim de ensiná-los a lidar com decepções e fracassos do cotidiano. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde promover uma intervenção disciplinar recorrendo a médicos, psicólogos e assistentes sociais com o propósito de criar uma rede de escuta para a proteção dos jovens em situação de risco emocional. Só assim esse tema ficará apenas nos romances literários.