Materiais:
Enviada em: 25/09/2017

Imagine-se como um adolescente brasileiro. Em boa parte dos casos, acorda cedo para ir a escola. O excesso de conteúdo obriga o aluno a ter um tempo extra com os estudos. Além disso, na busca dos pais em criar um filho qualificado para a carreira profissional, embutem-lhe cursos especializantes. Logo, desde o início, o jovem tem de conviver com a responsabilidade de que o único afetado, caso não obtenha um bom aproveitamento nos compromissos, seja ele mesmo. Essa realidade é comum, em maior ou menor grau, no cotidiano de muitos adolescentes.  O Brasil, é um país emergente, que tem exigido maior qualificação da sua população, ao mesmo tempo que não oferta, no mesmo grau, oportunidades. No geral, os jovens são embutidos num compromisso em que são detentores do futuro da nação. Ou seja, se não forem bem sucedidos no presente, não colherão bons frutos e o país padecerá. Portanto, já na adolescência sofrem de uma contínua pressão, enquanto ainda não saíram totalmente da infância. O excesso de responsabilidade, junto da ausência dos pais - que estão trabalhando para pagar as qualificações do filho - podem acarretar num caos mental do jovem.  De tal forma que, não sabendo assimilar a realidade, acaba pode gerar um afastamento das demais pessoas. Nesse contexto, o bullyng surge e atenua ainda mais os conflitos mentais.  Há um processo de mecanização do adolescente, muitas vezes não assimilado pela criança. Ele é contínuo e pode acarretar vários distúrbios, dentre eles, a depressão. A constante pressão - na escola, em casa -, sem que seja condizente ao cotidiano jovem, promove um desentendimento, muitas vezes sufocado. Essa incógnita, por sua vez, expressa-se em formas de extravasão. E, assim, a depressão torna-se perceptível, ora quando o adolescente mostra-se ansioso e, até detentores de descontroles comportamentais e alimentares. Há também, em níveis mais elevados, a automutilação como ferramenta na busca de tornar dor mental em física. De tal forma que, se não houver assimilação dos pais e professores, enquanto o caos se torna mais intenso, o jovem tende a chegar no suicídio. Contudo, os sintomas são visíveis. A percepção varia de famílias, mas sempre é possível evitar o total caos mental do adolescente. Quanto a responsabilidade familiar, por mais que seja importante profissionalizar os filhos, há a necessidade de um acompanhamento do cotidiano deles. O incentivo e o reconhecimento podem amenizar o processo de depressão. Afinal, o adolescente vive numa fase de transição. Ou seja, ainda é parte criança e, e como tal, gosta de receber atenção e congratulações. Essa sensibilidade que tira de evidência a mecanização do jovem, pode mudar todo significado da pressão em que são impostos.