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Enviada em: 26/09/2017

A depressão é um dos principais problemas presente na vida dos jovens brasileiros. A ideia de status social tem grande influência sobre os adolescentes, por isso estes sofrem com as pressões e expectativas da sociedade. No entanto, muitas vezes não conseguem lidar bem com essas questões, o que os torna mais vulneráveis para desenvolver sintomas depressivos.      Dessa forma, observa-se que tanto as imagens quanto as palavras têm poder sobre a juventude que está começando a se construir socialmente. De um lado, com o advento do capitalismo e das tecnologias, a mídia e as redes sociais estão a todo momento ditando padrões de consumo e de beleza, isso cria a idealização de uma vida perfeita, a qual muitos buscam e se frustram, pois, a mesma é inalcançável. Do outro lado, existe a família e a escola fazendo cobranças para que esses jovens sejam bem-sucedidos financeiramente, pressionando-os, por exemplo, no momento de escolha de profissão. Assim, essas inúmeras exigências provocam sentimentos de inferioridade, comparação, ansiedade e angústia.      Contudo, a percepção de que esses problemas precisam de atenção ainda precisa ser trabalhada. Banaliza-se todos os sintomas de depressão ao considera-los como naturais de uma fase, entretanto se faz necessário escutar e compreender as queixas dos adolescentes para evitar que a situação se agrave. Ademais, hoje existem influenciadores digitais que têm feito isso ao desconstruir padrões de beleza e incentivar as pessoas, principalmente as meninas, a se aceitarem como são, o que contribui até mesmo para a afirmação da identidade negra. A partir disso, deixa-se de tentar fazer adaptações ao mundo, e inicia-se um processo de aceitação.      Portanto, há ainda muitas desconstruções e reflexões a serem feitas acerca da depressão em jovens. É preciso que o Ministério da Educação e o da Saúde realizem o projeto “Me escute!”, em que através de uma roda de conversa todos os sábados nas escolas ocorram debates em relação aos problemas emocionais que afetam os adolescentes, incluindo os alunos, a comunidade e profissionais da saúde.