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Enviada em: 27/09/2017

Conhecida popularmente como mal do século, a depressão é um distúrbio mental caracterizado pela falta de motivação e constante apatia, que se não tratado pode causar problemas cardíacos, ansiedade, e até levar ao suicídio. No Brasil, segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde, os casos de depressão tiveram um aumento de mais de 700% entre os jovens , indicando que esse grupo é um dos principais afetados pela doença. Logo, faz-se necessário entender suas causas e avaliar seus efeitos na contemporaneidade.   Primeiramente, o reconhecimento desse mal como um distúrbio que deve ser tratado contribuiu para o aumento nas estatísticas. Antes do século XX, existia um grande tabu e desconhecimento em torno dessa patologia, sendo comum jovens com depressão serem vistos como "tristes" ou "preguiçosos" pela sociedade, inclusive médicos. Essas atitudes levavam os doentes ao isolamento, abuso de drogas e nos piores casos, suicídio. Atualmente, vemos que a diminuição do estigma social e disponibilidade de tratamento elevou a procura médica, reduzindo os prejuízos sociais e econômicos que a doença traz.    No entanto, o distanciamento nas relações interpessoais nos dias de hoje corrobora a problemática. Apesar da globalização proporcionada pela internet e expansão dos meios de comunicação após a Guerra Fria, o ser humano nunca esteve tão solitário. Isso porque, as redes sociais, usadas para se comunicar com amigos, está sendo usada em detrimento de encontros e conversas pessoais. Com isso, os jovens, principais usuários desses sites, acabam se isolando da realidade, o que contribui para o desenvolvimento de diversos transtornos psicológicos, em especial a depressão.   Portanto, o aumento nos casos de depressão, principalmente entre jovens, e as consequências que ela traz, é um grave problema social e demanda medidas urgentes. O Governo Federal deve expandir as linhas de prevenção de suicídio, além de fazer campanhas indicando sintomas da depressão e a importância de reconhecer e ajudar amigos e familiares que aparentam sofrer dessa enfermidade a procurar auxílio médico. Além disso, deve aumentar a quantidade de psiquiatras em clínicas da família, afim de prover atendimento a parcela mais pobre da sociedade. Dessa, inúmeras fatalidades poderão ser evitadas, e esse mal, minimizado.