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Enviada em: 11/10/2017

A segunda geração do romantismo recebeu a alcunha como “Mal do Século” por utilizar um eu-lírico pessimista e melancólico. Entretanto, hodiernamente esse termo foi atribuído a um transtorno do humor, socialmente conhecido como depressão, que vem acometendo muitos adolescentes. Nesse contexto problemático, cabe ressaltar fatores sociais e a forma errônea como o corpo civil lida com a adversidade.        Em primeira análise convém frisar que a transição entre a infância e a juventude é marcada por mudanças. Nesse viés, temos a presença do bullying nas escolas que corrobora com a baixa estima da vítima e a identificação pessoal formada nessa fase. Ainda, a displicência familiar que, associado ao ideário da Modernidade liquida das relações, exposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman, faz com que os pais não se atentem aos problemas dos próprios filhos e ignore-os, logo, a falta de amparo familiar contribuí com os casos de automutilação, suicídio-consequências da doença.        Outrossim, outro fator que corrobora com o aumento do problema é a ignorância da população. Tal fato pode se confirmado por dados divulgados pelo jornal Folha do São Paulo, no qual 50% da população que apresenta depressão no Brasil não sabe que possui o transtorno, soma-se a isso os cidadãos que a julgam como “frescura” ou tristeza momentânea. Destarte, sem o conhecimento adequado da patologia, cada vez menos pessoas se sentem estimuladas a procurarem ajuda médica e cada vez mais a doença cresce de maneira silenciosa na sociedade.        Torna-se evidente, portanto, a premência por medidas a fim de resolver a problemática tangente à depressão. É mister que o Estado considere a doença como um problema de saúde pública e informe a sociedade como se prevenir e tratar. Para que isso ocorra, torna-se imperativo que: O Ministério da Educação em parceria ofereça auxilio psicológicos nas escolas e façam atividades em grupo com pais e alunos, para que debatam sobre a formação social do indivíduo, com o fito que esses jovens tenham suporte nessa fase de transição e de autoafirmação. Além disso, o Ministério da Saúde , crie cartazes educativos para expor o assunto em unidas básicas de saúde, veicule propaganda televisivas e sociais, para esclarecer a população sobre necessidade de buscar ajuda profissional e aderir a psicoterapia e o tratamento farmacológico necessário. Assim, a melancolia ficará presente apenas nos romances Byronianos.