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Enviada em: 05/10/2017

Irritabilidade. Tristeza. Angústia. Tormento. Esses são alguns sintomas da depressão, doença que afeta cada vez mais a população juvenil brasileira. Isso se deve, principalmente, às condições atuais de vida das novas gerações, que nasceram em uma realidade de fragilidade da relações humanas. Ademais, o aumento de casos dessa patologia representa um risco de vida para os jovens, pois pode motivar o suicídio.        Em primeiro lugar, é indubitável relação entre o contexto de vida dos nascidos no final do século XX em diante, conhecidos como das gerações Y e Z, e alta incidência de depressão entre eles. Como afirma sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vive-se hodiernamente a Modernidade Líquida, repleta de inconstâncias, incertezas, relações interpessoais fragilizadas e individualismo. Ainda segundo ele, a liberdade individual foi trocada por segurança. Então, nascer e crescer nesse ambiente inóspito traz grande sofrimento ao indivíduo, que por sua vez torna-se facilmente suscetível ao quadro de depressão.        Além disso, um fator que prova a seriedade do aumento de jovens deprimidos é que o suicídio é uma recorrente consequência dessa doença. A depressão é comumente comparada à uma "nuvem negra" por psicólogos, pois a patologia gera uma total falta de esperança, motivação ou vontade de viver. Portanto, a saída encontrada por muitos para cessar o sofrimento é tirar a própria vida. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a taxa de suicídio se aproxima dos 20% entre as pessoas com depressão.       Nessa perspectiva, é evidente a necessidade de se combater a depressão entre os jovens do Brasil. É preciso que o Ministério da Saúde elabore um programa específico para essa finalidade, à ser denominado "Depressão não mais". O projeto deve ser coordenado por psicólogos e psiquiatras, que terão como função promover palestras em escolas e faculdades pelo país, a fim de educarem os jovens a respeito da depressão, seus sintomas e tratamentos, com a finalidade de reduzir sua incidência.