Materiais:
Enviada em: 07/10/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas são resultados da “modernidade líquida” vivida no século XX. O aumento gradativo de casos de depressão entre jovens reflete essa realidade. Ademais, tendo em vista que tal fator tem como sua principal consequência o suicídio, faz-se preciso uma reflexão, e também, medidas que possam combatê-lo.        Em primeiro lugar, para se entender o problema é necessário analisar suas causas. Resultado de uma sociedade, em que alguns temas de suma importância ainda são considerados tabus, fez com que o grito de socorro fosse emudecido, ou seja, o suicídio tornou-se uma epidemia silenciosa. A Internet e as redes sociais têm impulsionado esse fator, uma vez que jogos como o “Blue Whale” – em que os participantes eram obrigados a cumprir desafios e o “prêmio final” era a morte – eram difundidos a todo o momento. Destarte, tal barbárie tem como principais alvos os adolescentes, uma vez que, ainda se encontram em processo de formação, consequentemente, são facilmente influenciados.        Outrora, a depressão entre os jovens aparece em destaque. É indispensável salientar que, o bullying é um dos principais fatores da depressão, visto que, essa prática cruel acarreta sérios problemas emocionais e psicológicos em suas vítimas. Outrossim, é indubitável que a falta de diálogo e informação sobre tais temas “defesos” apenas traz malefícios, pois sem esclarecimento são remotas as chances de remediar estes infortúnios.        Portanto, medidas são necessárias para a resolução deste impasse. Em primeiro plano, as instituições de ensino, em parceria com a OMS (Organização Mundial da Saúde), devem promover o treinamento de profissionais da educação para identificar tendências depressivas nos jovens, e viabilizar palestras que visam o esclarecimento sobre o suicídio, formando debates sobre a questão e evidenciando que há alternativas para sair desse flagelo. Além disso, os responsáveis devem ser mais atentos ao comportamento dos filhos em casa e na internet, promovendo o diálogo frequente e o zelo e; à mídia, cabe usufruir de seu poder persuasivo para campanhas de valorização à vida e o incentivo à procura de auxílio. Afinal, como afirmou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem”.