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Enviada em: 06/10/2017

Na primeira metade do século XX, Calor Drummond em sua primeira fase poética, conhecida com "gauche" e que foi caracterizada por termos com reflexão existencial, descontentamento com o mundo e isolamento social. Mais de 50 anos depois, sua poésia se mostra mais atual do que nunca, devido, ao aumento de uma doença, que alcança principalmente os jovens: a depressão. Considerada o "mal do século",  ela tem origens seja nos valores sociais, seja por acontecimentos midiáticos.    Antes de tudo, é possível considerar que o mundo contemporâneo está cada vez mais complexo, e que todos buscam pela felicidade, o oposto da depressão. O sucesso profissional, um casamento, o corpo perfeito, status e riqueza, são experiências "vendidas", como  caminho do sucesso, entrentanto, acaba sendo uma amardilha. Nesse sentindo, por exemplo, a cobrança pelos padrões de beleza leva diversos adolecentes a um quadro de baixa estima, em alguns casos, a melancolia profunda. O sociólogo Zygmunt Bauman, diz que vivemos  em momento de substituição de valores coletivos por individuais, por meio de conexões fluídas: rapidez em que  as relações humanas se dão. Diante disso, gerando no indivíduo, um vazio existêncial e exclusão na sociedade pós-moderna, entrando em  depressão, gerando sofrimento, ou até mesmo  suicidar-se.    Sob essa conjectura, ainda é cabível enfatizar que, ao longo dos anos observa-se que, quando o tema suicídio se torna frenquente na mídia, os atos ou tentativas aumentam. Tal observação é ratificada de acordo com a assessoria de imprensa Centro de Valorização da Vida (CVV), houve um aumento de 445% no número de e-mails com pedido de ajuda. Entre essas mensagens, 50 citavam o seriado 13º Reasons Whey, que relata o suicídio de uma adolescente com depressão. Sob tal ótica, por meio do mundo virtual que muitas vezes isola o sujeito, além nos mais comentados jogos, como o da Baleia Azul, atividades via redes sociais, que propõem  por exemplo, muitos jovens a tirar fotos assistindo filme de terror, automutilar-se, e na etapa final, se  suicidar.    Torna-se evidente, portanto, que assim como Drummond superou sua fase “gauche” e continuou sua carreira com obras tão espetaculares, o Brasil deve lutar para alterar seu atual panorama. Para isso, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com as escolas  e universidades, carece formentar práticas públicas, como assembléias de classe, eventos plurissignificativos, seminários, com intuito de conscientizar a  valorização da vida, pois já dizia o filósofo Kant: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Cabe ainda, aos respónsaveis acompanhar os jovens, principalmente com o conteúdo que eles têm acesso para orientá-los de forma adequada. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, o Brasil constuir-se-á uma sociedade com relações humanas mais sólidas.