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Enviada em: 09/10/2017

A depressão não poupou a juventude brasileira, que sofre com o aumento dos números dessa doença. Nesse cenário epidêmico, não só a solidão contemporânea é causa direta desse crescimento, mas também o preconceito sobre o tema agrava, ainda mais, essa situação. Logo, é imperativo construir uma ação conjunta entre poder público e sociedade visando frear esse problema de saúde pública.    A solidão, marca da sociedade pós-moderna, é determinante para o aumento dos índices de depressão entre os jovens brasileiros. Segundo pesquisadores da Universidade de Chicago, indivíduos solitários tendem a ter menos motivação e menos perseverança, o que potencializa o sentimento de impotência, aspecto principal da depressão. Nesse sentido, vemos que o rompimento da tendência evolutiva humana de sermos seres sociais arrisca a nossa própria sobrevivência; visto que, a depressão é um dos fatores de risco para o suicídio. Dessa forma, vivendo em um ambiente individualista, é difícil esperar do jovem uma perfeita saúde mental.    Em paralelo à questão da solidão, o preconceito sobre a depressão contribui para a piora dos números dessa doença entre os jovens. Haja vista, a ótica de ignorância, sob a qual o censo comum ainda enxerga o tema, impede que o adolescente, naturalmente inseguro e rotineiramente já não levado à sério, fale sobre o que sente. Afinal, não é fácil dar o primeiro passo(expor-se) quando o mundo à sua volta dita que a depressão é coisa de gente fraca. Nesse sentido, na tentativa de mostrar-se forte, o jovem brasileiro abafa suas angústias e entra nas estatísticas de depressão.    É seguro afirmar, portanto, que é urgente fomentar o sentimento de coletividade e quebrar o tabu sobre esse tema em nossa sociedade. Para isso, o Ministério da Educação deve incluir nas avaliações curriculares dos alunos atividades que sejam realizadas em grupo. Ademais, as mídias, em comunhão com a sociedade organizada, devem, por meio de propagandas, novelas, teatro e cartilhas, expor o tema de forma clara, no intuito de romper com os preconceitos e encorajar os jovens que convivem com a depressão. Talvez assim, romperemos a propagação dessa epidemia.