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Enviada em: 16/10/2017

É indubitável que a depressão é, na conjuntura hodierna, uma das doenças psíquicas que mais afeta a população ao redor do mundo. Nesse sentido, nota-se a banalização das relações humanas construídas pela efemeridade das redes sociais que atua como catalisador do aparecimento de psicopatologias. Sob essa ótica, no Brasil, a taxa de suicídio entre os jovens faz-se crescente, evidenciando a urgência de medidas que resolvam este cenário.   Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman sobre a liquidez da modernidade, as interações dos indivíduos com seus semelhantes e o ambiente tornaram-se mais fluidas e menos concretas. Nesse contexto, a substituição das interações interpessoais comuns pelas virtuais tem como resposta uma sociedade assolada por vínculos que se desintegram tão facilmente quanto a rapidez de ficar "off" na rede. Desse modo, a definição de depressão como doença do mal do século, caracteriza uma população parcialmente insegura que tende ao isolamento e o sofrimento mental como traço do comportamento e que produz um dos graves problemas de saúde.   Mediantes aos fatos supracitados, a depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos no cérebro, atuando para que o ser se sinta desestimulado, triste e com baixa autoestima. partindo desse pensamento. Segundo a Organização mundial da saúde, a depressão se tornou um dos maiores problemas de saúde pública que acometem as populações e uma pessoa se suicida no mundo a cada 40 segundos. Nessa lógica, é possível observar na série Thirteen Reasons Why, os casos de bullying nas escolas, as agressões verbais e físicas que levam a personagem principal ao suicídio. Diante disso, esses e outros fatores socias, são exemplos que explicam o aumento da depressão entre os jovens e que o suicídio é, por vezes, uma consequência de um quadro depressivo do indivíduo.   De acordo com o sociólogo Durkheim, se a solidariedade social não é realizada e, consequentemente, não apenas os índices de enfermidade são afetados, mas também o aprimoramento social. A fim de que essa situação seja revertida, o Executivo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve investir na criação de núcleos de atenção psicológica primária, fornecendo profissionais qualificados e estimulando um tratamento baseado na comunicação entre pacientes diagnosticados com quadro de depressão, favorecendo a desconstrução da ideia de superficialidade de relações. Outrossim, é mister a reafirmação e ampliação de campanhas como o Setembro Amarelo com apoio da mídia e ONGS que abordem os principais sintomas para que os indivíduos que possuírem quaisquer sinais consigam procurar assistência e que conscientizem a sociedade para uma visão mais empática. Só assim, será possível o aprimoramento social e empatia para uma menor probabilidade de suicídio.  empatia                       para uma menor probabilidade de suicídio.