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Enviada em: 15/10/2017

A depressão e suas variações, como o transtorno de ansiedade e a bipolaridade já atingem cerca de 6% da população brasileira, conforme dados da pesquisa de 2015 da Organização Mundial de Saúde, sendo o Brasil o terceiro país no ranking mundial, atrás apenas da França e Estados Unidos. Trata-se de uma doença disseminada no passado como preguiça ou desvio de caráter, pois os acometidos por ela perdem o vislumbre e a vontade de viver e por isso é estigmatizada até hoje, o que dificulta o seu tratamento.  Assim, temos um índice crescente de episódios depressivos entre jovens dos 15 aos 29 anos. Ao que parece, a forte cobrança por altos desempenhos escolares ou profissionais, o elevado padrão social de beleza e sucesso, a ausência da família e o forte apelo midiático, leva-os ao nível de estresse precursor da doença. Entretanto, é importante considerar sua fisiologia, pois, pesquisadores comprovaram estar associada também à deficiência na produção de neurotransmissores como dopamina e adrenalina, um fator genético, transmitido por seus pais.  Dessa maneira, a pessoa depressiva torna-se incapaz de tarefas simples, como levantar-se da cama. No entanto, a depressão pode levar ao suicídio, passando pelo alcoolismo, distúrbios de apetite e de sono. Logo, estamos falando de uma enfermidade que incapacita o paciente, e ao atingi-lo na juventude tem forte impacto sobre sua auto-estima e perspectiva de futuro e por isso deve ser levada a sério.  Haja vista sua complexidade, para tratá-la é necessário a facilidade de acesso a médicos e psicólogos na rede pública de saúde, somado a informação frequente para que a população entenda-a que, como qualquer outra doença, precisa de acompanhamento. É imprescindível também a proibição de mídias que estimulem o consumismo e a perfeição física. Por fim, a família, sendo a base para formação do indivíduo deve estar atenta a educação da criança e o amadurecimento do jovem, estimulando atitudes e valores coerentes com seu futuro e bem estar.