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Enviada em: 18/10/2017

No Brasil, o aumento da depressão entre os jovens tem crescido desenfreadamente. Isso se evidencia não só pelos números elevados de suicídios, como também pelos estudos feitos pela Universidade de São Paulo (USP) no qual revela que um terço da população brasileira (em sua grande maioria jovens) está condenada a este transtorno mental. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas e possíveis soluções dessa problemática no país. Segundo o sociólogo Zigmunt Bauman, vivemos em uma modernidade líquida, devido a inconstância e velocidade em que se dão os relacionamentos humanos. Nessa óptica, os pré-adultos constituem o grupo que mais repercute essa lógica, ao buscarem atingir seus objetivos de forma rápida e extremamente precoce. No entanto, o problema é que grande parte dessas metas não podem ser alcançadas de forma veloz, exigindo tempo e persistência, fatores nos quais eles não se dispõem a dar. Uma carreira profissional e relacionamentos sólidos por exemplo, não são construídos de maneira instantânea. Por conseguinte, muitos adolescentes das terras tupiniquins estão a desenvolver quadros de depressão em virtude da frustração de não alcançar o que almejam. Outrossim, a sociedade brasileira criou um ideal de felicidade platônica atrelada ao consumismo. Observa-se tal fato na constante ligação do conceito de estar feliz aos bens de consumo, ideia na qual é amplamente propagada pela mídia. Aderindo esse pensamento, muitos adolescentes do Brasil, acabam buscando de forma desenfreada a tal felicidade por meio do consumo descontrolado, gerando um inacabável sentimento de descontentamento. Salientando as palavras do físico Albert Einstein, o mundo dos fatos não está entrelaçado ao mundo dos valores, nesse âmbito nota-se que a mocidade está cada vez mais confusa, buscando no materialismo a sua “autorrealização”. Por fim, observa-se que é evidente a incidência da depressão na vida dos brasileiros, sobretudo os joviais. Cabe ao Governo, por tanto, inserir no ensino público meios de informação como: palestras ministradas por psiquiatras, aulas dadas por psicólogos e eventos que divulguem o conhecimento sobre a doença, esclarecendo não só a juventude, mas também a população em geral. Além disso, devem ser criados centros especializados no Sistema público de Saúde (SUS) para o tratamento da depressão afim de atenuar e diminuir os casos dessa enfermidade mental.