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Enviada em: 25/10/2017

O aumento da depressão entre os jovens no Brasil é um problema a ser enfrentado de forma mais urgente e organizada no corpo social. Isso se evidencia não só pelo aumento dos casos de suicídio no Brasil, mas também pela fluidez das relações sociais no século XXI. Diante disso, faz-se necessário discutir os principais motivos dessa problemática para a coletividade.         A taxa de suicídio entre jovens entre 15 e 29 anos sobe 10% a cada ano desde 2002, segundo dados do Mapa de Violência de 2017. Entre as principais causas para que isso perpetue na sociedade está à depressão, que representa um sofrimento na vida do jovem que passa por diversas questões relativas à convivência em grupos, identificação pessoal, escolha profissional, relacionamentos amorosos, problemas familiar, dentre outros. Logo, por não aguentaram a pressão social que lhes é exercida, os jovens acabam vendo como única alternativa para solução dos seus problemas ceifarem a própria vida.         Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade vive em uma modernidade líquida, devido à inconstância e a rapidez em que os processos e relações humanas acontecem. Partindo dessa premissa, fica claro que os jovens fazem parte do grupo etário que melhor reproduzem tal lógica, ao buscarem atingir seus objetivos de maneira cada vez mais instantânea.  A carreira profissional e os relacionamentos saudáveis, por exemplo, não são construídos de imediato. Desse modo, muitos jovens estão desenvolvendo quadros de depressão por conta da frustração, insegurança e a ansiedade de não conseguir conquistar o que tanto almejam. Além disso, o fenômeno das redes sociais causa uma sensação de expectativa de vida que deve ser alcançada por todos e na maioria das vezes não corresponde à realidade. O jovem que, por sua vez, não se vê com uma vida perfeita, deslumbrante imagina que a existência não faz sentido e, portanto, ao se encontrar em uma situação de crise existencial e exclusão da sociedade entra em depressão.         Sendo assim, medidas devem ser tomadas com o propósito de amenizar está problemática. O Ministério da Saúde deve dar mais ênfase à saúde mental, inserindo um maior número de profissionais qualificados para tratarem distúrbios mentais que afetam a população, através de consultas e terapias realizadas nos CAPS. Paralelamente a isso, é necessário que o MEC amplie o número de palestras, mesas redondas nas instituições de ensino para que os jovens possam conhecer os sintomas da depressão e os efeitos que a mesma causa. Os pais devem atuar em parceria com as escolas, a fim de identificar o comportamento suspeito de seus filhos com o intuito de intervir o mais rápido possível o quadro de depressão.