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Enviada em: 17/10/2017

Plenitude           Embora o aumento dos casos de depressão entre os jovens seja uma realidade no Brasil, a pauta da saúde mental está apenas “engatinhando” no cotidiano nacional. Apesar de o cantor Renato Russo dizer que nada é fácil de entender, ainda assim tentam qualificar o vigor mental como uma “frescura” por parte do indivíduo, este que por vezes se sente incompleto.           Diante disso, o Estado demonstra letargia em proteger e tratar essa população, enquanto parte da sociedade os trata como empecilhos. A priori, o debate sobre a saúde da mente humana foi depreciado pelo governo e pelos estamentos sociais. Conquanto, recentemente, o tema seja abordado por algumas mídias, como a série da Netflix “13 reasons why”, ainda assim, o pensamento predominante na sociedade é que a mazela mental é pieguice do indivíduo. Por conseguinte, são inúmeras as páginas em redes sociais voltadas para o humor do termo depressão, a exemplo da “Vestibular da Depressão”.           Outrossim, as políticas para a saúde mental no Brasil estão aquém do necessário. Não obstante, as unidades Caps (Centro de Atenção Psicossocial) tem sua funcionalidade comprometida pela falta de profissionais e medicamentos, além do curto horário de atendimento. Somado a isso, o IPESP (instituto de pesquisas sociais, políticas e econômicas) atesta que a parte da sociedade acredita que a depressão é sinônimo de indivíduo fraco, mesmo que a OMS confirme o crescimento de jovens depressivos.         Desse modo, é importante o debate que envolva a comunidade e o Estado no entendimento e tratamento de um distúrbio, em muitos casos, silencioso. Por isso, as mídias televisivas, com o aporte do erário, podem abordar o tema por meio de novelas e séries para elucidar a população de que as doenças mentais são sérias e perigosas. Dessa forma, o Estado deve disponibilizar canais para o atendimento especializado e uma unidade de pronto atendimento aos que sofrem dos distúrbios psiquiátricos. Ademais, a sociedade tem a obrigação de cobrar do poder Estatal medidas que viabilizem recursos terapêuticos, bem como ela precisa entender que as mazelas não são uma fraqueza pessoal. Por fim, é necessário que a política voltada à saúde mental passe a “correr” no cotidiano para que os brasileiros que sofrem desses problemas venham a ter plenitude