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Enviada em: 23/10/2017

A depressão vem sendo discutida, devido a seu constante crescimento, mostrando-se mais comum entre jovens, tendo o Brasil como um dos principais países com índices da doença, A questão do aumento de quadros depressivos tem embasamento no constante envolvimento de crianças e adolescentes com padrões irreais de beleza, levando-as a uma busca pela perfeição inalcançável.   Com a crescente globalização, onde milhares de brasileiros são bombardeados com informações todos os dias, os padrões de beleza vêm afetando diretamente os jovens. Com a participação da mídia, agrava-se a exclusão social, gerando, ainda, uma falta de autoaceitação como consequência do não pertencimento a tais modelos. A constante busca pela aceitação, na maioria das vezes, fracassa, piorando o estado psicológico da pessoa, levando-o ao isolamento.     É notório que não há uma atenção voltada para como os padrões afetam o jovem ou como os mesmos podem acarretar tal doença. Devido à grande necessidade de se mostrar apenas o belo, como ocorre nas mídias sociais há uma falta de empatia que gera uma situação já descrita por Einstein, "tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa humanidade". De tal maneira, a identificação de sintomas característicos é difícil, levando ao agravamento do quadro depressivo e, posteriormente, em casos mais extremos, o suicídio.   Portanto, a exaltação de padrões de beleza inatingíveis e sua utilização como critério de julgamento para inclusão ou não de um indivíduo em determinado grupo social é inválido. Por conseguinte, é necessária a criação de campanhas conjuntas entre o governo e as mídias de massa, promovendo a ruptura com tais modelos, além de mostrar a depressão como uma doença real que precisa de tratamento complementada por uma busca pela desmistificação do tema através de debates promovidos pelos formadores dos valores morais e éticos, como a família e as instituições de ensino.