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Enviada em: 26/10/2017

Desmistificação do tabu       Antidepressivos, ansiolíticos, terapias. Conceitos que eram rejeitados em uma sociedade remota, hoje, com o aumento considerável de síndromes depressivas entre os jovens brasileiros, devem ser abordados de maneira mais clara para a sociedade contemporânea. O crescente índice da doença do século é alarmante, podendo ter razões psicológicas ou ser relacionado a fatos sociais.         Em primeiro plano, é importante que documentários, programas de televisão e a própria literatura abordem sobre tal temática. No entanto, é necessário cuidado extremo na maneira de como esse fator é analisado. "As treze razões do porquê", série de propagação mundial em 2017, apesar de ter a tentativa de divulgação dos problemas depressivos entre os jovens, apresenta, de modo detalhado, como tirar a própria vida e os motivos que levaram a personagem a atingir tal nível extremo. Dessa maneira, o adolescente que já se encontra em um estado emocional fragilizado devido a questões psicológicas ou genéticas, pode, fatalmente, alcançar a última instância da depressão: o suicídio.       Nessa linha, parafraseando Émile Durkheim, o suicídio é fundamentado na relação entre o indivíduo e a sociedade. Desse modo, o fato social está intrinsecamente ligado a sintomas depressivos, posto que, adolescentes por volta de 17 anos vivem uma cobrança imensa por parte da família e da sociedade em geral, seja devido a estética perfeita, seja por motivos relacionados aos estudos ou a escolha da profissão que vai levá-lo a um futuro promissor. Esses fatores sociais podem gerar uma pressão intensa a ponto do jovem começar a apresentar sintomas depressivos - tristeza profunda e repentina, falta de ânimo para sair de casa, perda ou aumento de peso.       Infere-se, portanto, que a depressão entre os jovens é um problema preocupante na sociedade contemporânea. Dessa forma, os recursos midiáticos devem ser utilizados de maneira informativa,  apresentando todos os sintomas dessa doença, desde os iniciais até os mais avançados, e sempre na posição de alerta. Por conseguinte, os pais terão mais capacitação para perceber quaisquer possíveis comportamentos relacionados aos transtornos depressivos de seus filhos, logo, poderão conversar sobre o assunto e procurar ajuda profissional. Ademais, a escola deve observar com atenção tais sintomas, de maneira que complemente a função da família nesses casos, evitando que o adolescente sofra com essas sensações e desmistificando o tabu existente anteriormente no âmbito da depressão.