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Enviada em: 18/10/2017

Filósofo, crítico francês e maior expoente do existencialismo, Jean Paul Sartre fez diversas análises do homem em sua relação com o mundo no século XX. Atualmente, os jovens tem constantemente se apropriado do termo "crise existencial" para designar momentos de reflexão sobre o sentido da própria vida e, grande parte das vezes, apresentam sintomas de depressão.     De início, é necessário reconhecer o papel crucial da família tanto no que no que diz respeito à contração da patologia, quanto sendo fonte de ajuda. Segundo pesquisas, a depressão assume uma característica hereditária, ou seja, o convívio com adultos depressivos aumentam a chance de afetar os menores envolvidos. Contudo, mesmo que não haja um componente genético da depressão, se os pais não tiverem controle emocional preciso, provavelmente, os pequenos não vão saber lidar com a ansiedade, com a insegurança em relação ao futuro, com as cobranças da vida moderna e, somado com a falta de apoio, todos esses fatores podem resultar na depressão. Portanto, pode se concluir que é primordial o conhecimento dos pais sobre a natureza da enfermidade, pois, dessa forma, facilita o tratamento e evita a limitação do desenvolvimento da criança.     Nesse sentido, a parceria pais/escola deve ser criada como um canal de comunicação, já que, felizmente, o papel social da mulher está se modificando - deixando de ser meramente maternal - e os filhos passam a maior parte do tempo na instituição de ensino ou em casa na ausência dos pais. O tempo restante, em muitos casos, não é o suficiente para identificar a doença e os professores e funcionários quem acabam percebendo os primeiros sinais. Ainda vale ressaltar que, em tempos de modernidade líquida, como sugere Bauman, as crianças e adolescentes, por não terem mentalidade formada, não compreendem a fluidez das relações contemporâneas e acabam contraindo a patologia precocemente.     Tendo em vista que a depressão é a doença mais incapacitante e a que mais leva ao suicídio, é fundamental a resolução do impasse. Assim, o estado deve melhorar o investimento na saúde pública, para que os postos de saúde tenham profissionais especializados nessa patologia para atender a sociedade. Esta, no que lhe diz respeito, deve enfatizar campanhas como a do setembro amarelo, para prevenir o suicídio e saber lidar com as vítimas da doença. Por fim, as instituições de ensino devem promover palestras, juntamente com pais, alunos, funcionários e profissionais da área, a fim de debater sobre o tema, bem como seus respectivos sintomas, os métodos de tratamento e a importância do apoio dos responsáveis na vida desses pequenos. Dessa forma, o Brasil caminhará, mesmo que lentamente, para reduzir as estatísticas e melhorar a saúde da população.