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Enviada em: 22/10/2017

A depressão é uma doença que não escolhe idade. Seus impactos afetam as relações humanas, o setor econômico e, principalmente, a qualidade de vida daquele que a desenvolve. Sobretudo para o jovem, a pressão e expectativas da sociedade, as quais Durkheim chamaria de fato social, alteram seu comportamento em busca de satisfação pessoal e justificativa coletiva. Entretanto, apesar dessas evidências, muitos não a reconhecem como doença e agem preconceituosamente.  Assim, tratar a depressão, ainda hoje, enfrenta dificuldades primitivas e persistentes. Os primeiros estudos feitos no Ocidente foram registrados por Hipócrates e desde então houve avanços significativos a partir da compreensão de que a saúde mental é tão importante quanto à física e assim, é possível analisar o nível da doença e tratá-la com o uso de drogas e de terapia. A questão fundamental que se estabelece entre o diagnóstico e a cura se dão na dificuldade, tanto do paciente reconhecer que precisa de ajuda, quanto na percepção entre um estado de tristeza e a depressão de fato. Por isso, o cuidado da família desempenha um importante papel, já que o paciente não consegue controlar a doença sozinho. Além disso, o fato de ser jovem é visto por muitos, como um período de instabilidade emocional, o que faz com que muitos não busquem ajuda.  Nesse contexto, ainda há muitos tabus acerca dessa doença. No livro “O demônio do meio dia", o autor descreve como é ter a doença, as diversas formas de reação e o ponto comum entre os doentes: o total desinteresse pela vida. Diante disso é necessário entender a gravidade e os impactos da doença, sabendo ainda que muitos veem o enfermo como alguém "apático ou preguiçoso", o que agrava a situação dessas pessoas que em muitos casos recorrem ao suicídio como alternativa para o alívio de sua dor indescritível. Em pesquisa realizada pela revista Super Interessante, até 2020 a depressão será a segunda maior causa de incapacidade no mundo. Esse dado revela que os impactos da depressão também atingem a vida financeira e o desenvolvimento dos países, já que muitos deles, doentes, não conseguem exercer suas atividades mais corriqueiras, como estudar e trabalhar.  Portanto, é fundamental que haja mais discussões acerca da depressão para que, por meio do conhecimento, o preconceito possa ser quebrado e as pessoas, socorridas. Para isso, a mídia por meio de programas de televisão e de curtos comerciais, deve promover a discussão do tema e ajudar na diferenciação entre um estado de tristeza e uma depressão. O MEC, em parceria com o Ministério da Educação, podem promover palestras nas escolas e campanhas nos hospitais, informando a população sobre a doença, a qual especialidade médica recorrer e os meios de tratamento.Essa ação conjunta deve ser feita para que a doença possa ser combatida e superada contribuindo para uma sociedade sadia e ativa.