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Enviada em: 17/10/2017

Ao longo processo de amadurecimento, os jovens transpassam por diversos questionamentos sobre si mesmos, acompanhados de crises existenciais, tristezas, e ansiedades. Nesse viés o desejo de se reconhecer como sujeito, como também experiências desagradáveis vivenciadas em meio familiar, e preponderantes sentimentos de decepções, pode desencadear em melancolia. No tocante, ao distúrbio mental intitulado depressão. No Brasil, muitas vezes, os adolescentes que tem depressão, não possuem auxilio correto para combater essa doença, e os casos de suicídios tornam-se frequentes, e a falta de conhecimento e informações sobre o assunto, resulta em um diagnostico tardio.       Em inúmeros casos, os jovens brasileiros, que lidam com a depressão tem problemas familiares. A ausência de planejamento familiar, faz com que eles não se relacionem com facilidade, mantendo-se isolados, gradativamente silenciosos, e em muitos os casos, os pais não percebem a gravidade do problema. Em muitas famílias brasileiras, a violência se faz presente, casos de agressões físicas e morais diárias, agrava de forma gradual a depressão. Segundo Karl Marx, os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas situações sociais. Seguindo essa linda de pensamento as decepções dos adolescentes advém muitas vezes de inúmeros anseios de status social, de pretenderem se adequar em padrões que a sociedade brasileira aspira, porem quando fracassados as expectativas geradas tornam-se pensamentos de inutilidade.        Além disso, as barreiras de tratamento para combater essa doença no Brasil, incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados, falhas no diagnóstico, e o estigma social associado a transtornos mentais. A morosidade da saúde publica frente a depressão, facilita no aumento dos casos de suicídios dos jovens no país, pois sem diagnóstico, muitos voltam para casa sem saber que precisa se tratar de uma doença mental. A psiquiatria não recebe muita atenção, seja em orçamento ou em programas. O problema é que o sistema básico que seria responsável por mapear a depressão não está preparado.       Portanto, o Ministério da Saúde deve dispor de um psiquiatra ou profissional habilitado para tratar transtornos mentais em cada posto de saúde, a fim de melhorar o acesso ao tratamento, e através disso realizar palestras com psicólogos, psiquiatras, pedagogos, direcionados as famílias, para que possa ser conscientizado a importância dos pais, em todas as fases do filho. O Governo Federal deve investir mais na saúde mental e elaborar programas de prevenção em doenças mentais, ter orçamento para maior treinamento em psiquiatria para o atendimento básico. Por conseguinte, o Ministério de Educação deve trabalhar junto, para que haja debates em salas de aula sobre depressão.