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Enviada em: 23/10/2017

"A mente é tudo. O que você pensa você se torna." Assim dizia Sidarta Gautama, popularmente conhecido como Buda, é a partir desse pensamento que se constata a importância de uma boa saúde mental. Porém, tal fato não tem sido observado no cenário brasileiro atual, visto que  o número de pessoas com diversos tipos de distúrbios mentais comuns tem aumentado, principalmente, em se tratando da depressão, que é considerada, atualmente, um problema de saúde pública mundial.      Nesse contexto,  sabe-se que a depressão é uma doença comum em todo o mundo. Ela é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida, como desemprego, luto ou trauma psicológico são mais propensas a desenvolver depressão. Essa, por sua vez, pode levar a mais estresse e piorar a situação de vida da pessoa afetada. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), divulga que no Brasil o número de pessoas que vive com depressão aumentou cerca de 18% e alerta que ela é a principal causa de inaptidão laboral no planeta.      Ademais, vale lembrar ainda que a depressão pode desencadear o suicídio, que também tem atingido fatores alarmantes no Brasil. Isso se explica, no fato de ambos serem tratados como tabu social, visto por muitos como motivo de vergonha ou condenação. A partir disso, que desde 1980, segundo o mapa da violência, a taxa de suicídio no país aumentou cerca de 60%. Além disso, séries como "13 Reasons Why" ou até mesmo jogos como o "Baleia Azul" gerou, no ínicio de 2017, maior visibilidade ao assunto. Contudo, segundo a  psicóloga Karen Scavacini, o jogo  é um crime que precisa ser combatido e a série, por sua vez, tende a ser perigosa quando romantiza o tema.      Para impedir a continuidade dessa situação, medidas cabíveis devem ser tomadas. É imprescindível a criação  de estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição, como programas escolares que promovam um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes, além de intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais que podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados dos filhos. Bem como, aumentar, por meio de divulgações midiáticas, a visibilidade de ONG'S, como o Centro de Valorização da Vida -CVV- que tem como objetivo auxiliar aqueles que desejam retirar a própria vida. Por fim cabe ao Governo promover mais avanços por meio de programas de assistência, apoio social, e maior profissionalização daqueles que tem por finalidade tratar tais enfermidades. Medidas essas, embora incipientes, podem ser eficazes para prevenir a depressão e possibilitará um caminho rumo a equidade.