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Enviada em: 22/10/2017

O autor alemão Johann Goethe afirmava que o Estado necessita, principalmente, de governantes corajosos. Nesse sentido, diante do aumento dos casos de depressão na adolescência, é urgente que esse e outros agentes adotem medidas que reduzam esses índices. Contudo, no Brasil, as cobranças a que muitos jovens estão submetidos e o preconceito com os afetados por essa doença são alguns dos desafios a serem superados.     Observa-se, primeiramente, que a necessidade de ter sucesso financeiro na vida adulta e os errôneos padrões disseminados atormentam a mente de vários adolescentes. A maior parte disso é consequência da Indústria Cultural, termo criado pelo filósofo Theodor Adorno, que dita, sobretudo, comportamentos. Em decorrência disso, com as mídias sociais, muitos desses padrões pré-estabelecidos são fortalecidos, mas é a necessidade de parte dos jovens em alcançá-los que pode acabar desencadeando a depressão.   Verifica-se, ainda, que o conhecimento parcial dessa patologia pela população intrinca o tratamento dos indivíduos afetados. Segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde, os casos de depressão tendem a crescer no país. Contraditoriamente, muitos jovens que possuem a doença não recebem tratamento porque os sintomas são erroneamente tidos como característicos da fase adolescente. Além disso, parte da população ainda costuma  taxar essa patologia como ''frescura'', o que mostra que a nação ainda não está preparada para esse futuro.     Depreende-se, portanto, que as pressões sobre os jovens e a ignorância de segmentos da sociedade são, sobretudo, responsáveis pelo aumento dessa doença no Brasil. Assim, cabe ao Estado oferecer tratamento adequado aos jovens afetados. Além disso, nas escolas os funcionários podem ser treinados para reconhecer adolescentes que possivelmente estejam sofrendo de depressão. Por fim, o Terceiro Setor, por meio de palestras, pode elucidar a população sobre essa doença.