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Enviada em: 17/10/2017

Ao longo da história, a depressão foi tratada de diferentes maneiras. Na Grécia antiga, Hipócrates, pai da medicina, definia a melancolia como resultado do excesso de bílis negra no organismo. Mais tarde, na idade média, a depressão foi tratada como fruto de possessão demoníaca. Hoje, sabe-se que essa doença é resultado de uma desordem fisiológica. Afetando milhões de pessoas no Brasil, a depressão tem causas e consequências psicossociais alarmantes.       Diferentemente do medievo, na atualidade, a depressão é tratada como doença. Hoje, a sociedade dispõe de diversas formas de tratamento, que incluem medicamentos, atendimento médico e psicológico. Nesse sentido, a ineficácia no diagnóstico e a deficiência do atendimento aos doentes pode agravar os sintomas, principalmente  para aqueles que dependem da saúde pública. Sem tratamento adequado, o depressivo não tem perspectiva de cura, distanciando-se cada vez mais da sociedade.       Sem apoio, o doente enfrenta, sozinho, a depressão. O estigma em torno da doença agrava essa situação: muitos a consideram fraqueza, medo, ou coisa de mulher. Depressão não escolhe sexo. Incapacitante, já é uma das maiores responsáveis pela concessão de benefícios previdenciários, segundo o INSS. Decorrente do preconceito, a negação ao tratamento pode agravar os sintomas e estimula a perpetuação do estigma sobre a depressão.        Percebe-se, portanto, que o tratamento, diagnóstico e conscientização adequados são importante no combate à depressão. Sendo assim, cabe ao governo federal incentivar o aumento de vagas para a residência psiquiátrica nas universidades. Os municípios devem contratar psiquiatras e disponibilizar o atendimento e distribuição de remédios de forma gratuita. A mídia, através de novelas e seriados, deve dar destaque ao tema, para ajudar na superação dos preconceitos que a depressão outras doenças mentais têm. A mudança pode ser dolorosa, mas, como assevera Paulo Freire: "Mudar é difícil, mas é possível"