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Enviada em: 10/02/2019

O aumento dos casos de mulheres grávidas com sífilis, segundo dados do Ministério da Saúde, coloca à tona um problema a ser resolvido: o crescimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, as chamadas DSTs, entre os jovens brasileiros. Nesse âmbito, as infecções sexualmente transmissíveis, por tempos, foram tratadas como doenças relacionadas à promiscuidade, já que elas estavam presentes principalmente no círculo de profissionais do sexo, que nem sempre utilizam preservativos nos atos sexuais. No entanto, cada vez mais, as DSTs atingem variados grupos, independente do poder aquisitivo, raça ou religião, o que causa certa preocupação na sociedade, visto que jovens estão se tornando alvo certeiro de tais infecções.        Em meio a esse assunto, é válido ressaltar que a sífilis, quando presente em grávidas, pode causar inúmeros danos aos bebês, dependendo de qual época da gravidez a mãe foi infectada, indo de más formações até o óbito. Nessa perspectiva, é evidente que a contração de DSTs não afeta apenas o doente, como também seus parceiros sexuais e futuros filhos. No caso da HIV, que possui um período de incubação viral de cerca de 3 a 6 semanas, o indivíduo que tem o vírus e ainda não passou pela fase sintomática pode transmiti-lo a outras pessoas sem consciência do feito.        Esse fato, em que muitos sujeitos contraem vírus e nem sabem, está relacionado à certeza que muitos têm de que nunca vão contrair uma infecção sexualmente transmissível, na medida em que a sociedade, por décadas, relacionava as DSTs a pessoas promíscuas, o que é totalmente errôneo. Além disso, como os jovens de hoje em dia crescem em uma época em que a Aids não mata como antigamente, devido ao desenvolvimento de melhores tratamentos, criou-se um sentimento de segurança em relação à contração de tais infecções. Como consequência desse fato, diversos jovens deixaram de usar preservativos como forma de prevenção de doenças e preferem usar anticoncepcionais, por exemplo, apenas para evitar uma possível gravidez.        Portanto, ações são necessárias para reduzir o número de jovens contaminados pelas DSTs. Para que isso ocorra, o Ministério da Saúde deve dispor de campanhas relacionadas à realidade da nova geração, dispondo de propagandas, nas redes sociais, que exponham os danos que as doenças causam, com a utilização de imagens dos doentes e de seu posterior tratamento, na intenção de criar nas pessoas uma maior responsabilidade para com o uso de preservativos. Ademais, o Ministério da Educação tem o papel de instruir os alunos, sendo feito por intermédio da criação de um currículo que conte com aulas sobre Educação Sexual, desde o primário, no intuito de familiarizar, desde cedo, as crianças sobre os perigos das infecções sexualmente transmissíveis.